Argentina está de olho no Bitcoin, mas não vai criar moeda digital

País vizinho ao Brasil já viu presidente falar que Bitcoin pode ajudar a controlar a inflação.

O presidente do Banco Central da Argentina participou de um evento na última terça-feira (31), onde falou que está de “olho no Bitcoin” e sobre uma moeda digital própria do país.

Vale lembrar que o presidente da Argentina, Alberto Fernández, recentemente falou que o Bitcoin poderia ser uma solução interessante para que o país controle a inflação.

“A discussão sobre o funcionamento das criptomoedas não é apenas sobre a Argentina, é um debate global. Mas talvez seja um bom caminho”.

Essa visão não é totalmente compartilhada pelo presidente do BCAR, Miguel Pesce, que ainda se mostra cético sobre o assunto.

Presidente do banco central da Argentina ainda segue de olho no Bitcoin e quer ajudar população a entender sobre os riscos da tecnologia

Miguel Pesce participou de um evento com a Camara Fintech Argentina na última terça, onde pôde falar também sobre criptomoedas.

Presidente do Banco Central da Argentina, Miguel Pesce
Presidente do Banco Central da Argentina, Miguel Pesce em evento no dia 31/08/2021-Twitter

De acordo com o Diario Clarín, um importante veículo de comunicação argentino, Pesce declarou que vê com preocupação o aumento do interesse pela população nas criptomoedas.

Com conversar com a CNV para regular o mercado de criptomoedas da Argentina, Pesce declarou que será necessário fazer um trabalho de educação sobre o Bitcoin e seus riscos, visto que ele acredita que as moedas são investimentos dos quais as pessoas não têm controle.

“Acreditamos que devemos fazer um trabalho docente explicando à população o que são esses instrumentos para que não se gerem situações em que, por desinformação, alguém faça um investimento sobre o qual não tem controle”.

Em sua fala, ele ainda declarou que as criptomoedas não deveriam ser chamadas assim, visto que “não são meios de pagamentos”, com sua volatilidade no mercado sendo a prova de que não são moedas.

“Essas moedas foram criadas como um mecanismo de pagamento, não como um instrumento de investimento. Mas devido à sua escassez, tem motivado a financeirização desses instrumentos e que seus preços sobem e lhes dão um grau de volatilidade muito alto e isso é justamente uma das características que uma moeda não precisa ter. Para uma moeda, estabilidade é algo fundamental”.

Questionado sobre o recebimento de criptomoedas do exterior por argentinos, o presidente do BCAR declarou que essa prática não é aconselhada, visto que concorre com o sistema cambial do país. Assim, a regulação do país vai avançar para proibir essa prática, declarou Pesce.

“Peso digital” está descartado

Questionado se a Argentina planeja emitir uma moeda digital nos moldes de um CBDC, Miguel Pesce declarou que sua gestão não tem planos para trabalhar com essa tecnologia, visto que o sistema de pagamentos instantâneos do país, o ‘Transferencias 3.0’, já vai desenvolver facilidades neste setor.

Países como o Brasil já estudam a criação de um Real digital, mesmo com o PIX, tecnologia já descartada pela Argentina.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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