Autoridades britânicas anunciaram o confisco de 61.000 bitcoins nesta semana, a quantia é equivalente a R$ 13,1 bilhões. Segundo a mídia local, um dos suspeitos chamou atenção por levar uma vida simples, trabalhando em um restaurante, e por tentar comprar uma mansão avaliada em R$ 144 milhões.
Jian Wen, de 42 anos, na verdade estava servindo como um “laranja” para outra pessoa. Ou seja, estava sendo usado para lavar dinheiro ligado a um crime que não cometeu.
O outro nome dessa história é Zhimin Qian, uma chinesa acusada de um golpe de R$ 31,4 bilhões entre os anos de 2014 e 2017 em seu país de origem. Após a fraude bilionária, Qian se mudou para o Reino Unido, onde usava uma identidade falsa e se passava pelo nome de Yadi Zhang.
Polícia prende suspeita de golpe bilionário
Ocultar um patrimônio de bilhões é uma tarefa difícil, gastá-lo parece uma missão impossível. Um processo no Reino Unido aponta que uma chinesa chamada Zhang Qian aplicou um golpe em mais de 128.000 investidores na China.
Na sequência, comprou tudo em Bitcoin e fugiu para o Reino Unido, onde usava um nome falso. Para gastar o dinheiro que ganhou com seus crimes, a chinesa conseguiu o apoio de Jian Wen, descrito como uma pessoa que morava em uma casa modesta enquanto trabalhava em um restaurante chinês no Reino Unido.
O esquema parece estar funcionando, atuando como um “laranja”, Wen ajudava Qian a converter seus bitcoins em dinheiro, joias e outros produtos de luxo. No entanto, o esquema da dupla acabou quando Wen tentou comprar uma mansão avaliada em R$ 144 milhões e atraiu a atenção das autoridades.
Antes disso, eles viviam em outra mansão alugada por nada menos que R$ 107.000 (£ 17.000) por mês.
Durante audiência, Wen teria afirmado que os bitcoins em questão foram minerados. Mais tarde, contou outra versão, afirmando que teria ganhando as criptomoedas como um “presente de amor” de Qian.
Embora Wen não esteja sendo acusado de participar do golpe que aconteceu anos atrás na China, ele pode ser condenado por seu envolvimento na lavagem do dinheiro. Enquanto Wen já foi detido, Qian encontra-se foragida.
Apreensões bilionárias em 2024
Além do caso acima, nesta semana a Alemanha confiscou outros 50.000 bitcoins de uma dupla que operou um site de pirataria de filmes entre 2008 e 2013. A quantia está avaliada em R$ 10,8 bilhões e o governo alemão ainda não sabe o que fazer com o montante.
Já nos EUA, a agência anti-droga (DEA) realizou sua maior apreensão de criptomoedas. Segundo comunicado, foram 8.100 bitcoins, avaliados em US$ 1,6 bilhão. Também nesta semana, a SEC, Comissão de Valores Mobiliários americana, processou líderes de uma pirâmide que movimentou R$ 8,4 bilhões.
Por fim, os casos mostram que autoridades de diversos países estão atentas a movimentações bilionárias. Alguns crimes sejam antigos e a transparência das criptomoedas está provando que elas são péssimas para criminosos.