O Banco Popular da China (PBOC) disse que continuará a impor uma forte pressão regulatória ao mercado de criptomoedas. Em uma conferência ontem, um consenso foi alcançado para “manter” alta pressão sobre o comércio de criptomoedas.
A declaração vem quase um mês e meio depois que o país decidiu reprimir o comércio e a mineração de Bitcoin.
Em junho o governo do país colocou em prática suas medidas mais intensas contra o comércio e mineração de criptomoedas. Naquele mês, as autoridades do país ordenaram que as instituições financeiras cortassem rapidamente os canais de pagamento para o comércio de criptomoedas.
“Eles não devem fornecer outros serviços financeiros relacionados a criptomoedas”, disse o PBoC.
A nova informação foi compartilhada pelo jornalista chinês Colin Wu, que tuitou os destaques da reunião, resumindo que não haverá novas políticas, no entanto, significa a continuação das políticas atuais.
The meeting emphasized that the crackdown on crypto in the second half of the year is to "maintain" rather than strengthen, which may imply that there will be no big new policies, but the continuation of current policies. https://t.co/9X2bgOCBym
— Wu Blockchain (@WuBlockchain) July 31, 2021
Vigilância
No segundo semestre deste ano, portanto, o banco central da China aparentemente não pretende fazer nenhuma mudança brusca e rápida de política para aumentar a repressão às criptomoedas. Em vez disso, a conferência indicou vigilância das regras já impostas.
O Banco Popular da China disse que também monitorará plataformas financeiras para cumprir as regulamentações. Além disso, afirmou que tomará medidas para prevenir grandes riscos financeiros e reduzir o número de instituições financeiras de alto risco nas principais províncias.
A reunião destacou os objetivos da China em relação à repressão às criptomoedas e ao desenvolvimento da sua moeda digital (CBDC), ou seja, o yuan digital, também conhecido como RMB digital.
Ele acrescentou que pressionará pela criação de uma lei de estabilidade financeira proposta pelo vice-presidente do banco central, Liu Guiping, em março.
A China está reprimindo o mercado porque teme que a nova classe de ativos possa ser mais usada pela população.
A mudança também se deve em parte às preocupações climáticas, já que a crescente demanda por carvão na China e o aumento do consumo de eletricidade estão sendo atribuídos a criptomoedas.