O Banco Central do Brasil imprimiu muito dinheiro nos últimos doze meses, inflando a base monetária do país. De acordo com o BC houve um aumento na base monetária de 46,3%.
Em uma economia tradicional, os países fazem o possível para manter a inflação na moeda local. As políticas sobre este assunto são alvo de estudos e políticas dos Bancos Centrais, autoridades centralizadas que detém poder para impressão de dinheiro.
O Banco Central Europeu, por exemplo, deixou claro na última semana que por lá nunca vai falta dinheiro. Ou seja, a mensagem que a “impressora” está ligada foi repassada ao mundo.
Em 2020, a pandemia da COVID-19 foi a justificativa dessas ações em torno do globo. Mas até quando o movimento se sustenta?
Base monetária alcançou R$427,8 bilhões em outubro
Em ano de pandemia, a saúde e economia foram os dois principais tópicos que preocuparam a população. Isso porque, com regras duras de isolamento social em vários países, a economia mundial quase parou.
Para conter os efeitos, bancos centrais imprimiram muito dinheiro e jogaram para a população. O Brasil foi um dos que viram a sua base monetária crescer muito nos últimos 12 meses, principalmente após a pandemia.
De acordo com o Banco Central do Brasil, por meio do relatório Estatísticas Monetárias e de Crédito, houve um aumento na base monetária de 46,3%.
“A base monetária alcançou R$427,8 bilhões em outubro, aumento de 4,7% no mês e de 46,3% em doze meses. No mês, as reservas bancárias cresceram 30,4%, enquanto o papel-moeda emitido, 0,7%.”, diz trecho de relatório do Bacen do último dia 27 de novembro
Os dados do relatório mostram que houve um aumento do dinheiro que circula na economia. O movimento atrai preocupações com um possível descontrole na inflação do Brasil.
O Banco Central afirmou que os dados do relatório estão atualizados até o mês de outubro de 2020.
Realidade da impressão de dinheiro no mundo é impressionante em 2020
De acordo com a Reuters, nos últimos dias o Banco Central Europeu deu garantias de que a impressora de dinheiro está ativa. Segundo a presidente do ECB, Christine Lagarde, o “Banco Central nunca vai falir ou ficar sem dinheiro“, sinalizando atuações caso seja necessário.
Nos Estados Unidos, o FED já imprimiu trilhões na economia norte-americana. O movimento levou até bilionários famosos confessarem a compra de Bitcoin para se proteger do movimento. Outros 30 bilionários poderiam já ter Bitcoin e ainda nem ter comentado sobre.
Na comunidade Bitcoin, em abril de 2020, chamou atenção um meme com “Jerome Powell imprimindo dinheiro por 10 horas seguidas”. Powell é atual presidente do Banco Central dos Estados Unidos. O movimento preocupa e alguns lembraram nos comentários do vídeo meme da realidade da Venezuela e de Zimbábue, onde as moedas locais valem cada vez menos.
Cabe o destaque que, enquanto os BCs pelo mundo imprimem mais, o Bitcoin reduziu sua oferta. Com o chamado halving, ocorrido em maio de 2020, a impressão diária de Bitcoin caiu pela metade. Esse mecanismo ocorre a cada período e combate justamente a inflação, coincidindo em 2020 com a expansão monetária global.
Para o entusiasta do Bitcoin Jimmy Song, há um movimento de corrupção no sistema financeiro. Dessa forma, o crescimento do Bitcoin irá revelar esse movimento e iluminar as pessoas para sair da “escuridão”. Ele afirmou que a moeda digital deve ser compreendida pelas pessoas, se tornando assim uma “lâmpada”.
Once we understand #Bitcoin, it becomes a lamp. It illuminates the brokenness of the entire financial/monetary system that we live in. The bigger #Bitcoin gets, the more light it will shine on the dark underbelly of the system and expose more and more of its corruption.
— Jimmy Song (송재준) (@jimmysong) November 25, 2020