A recente declaração do bilionário Michael Saylor no X sobre a aquisição de mais 15.400 bitcoins pela MicroStrategy marca um novo capítulo na compra de bitcoins pela companhia.
A operação, avaliada em cerca de US$ 1,5 bilhão, ocorreu a um preço médio de aproximadamente US$ 95.976 por bitcoin. Com isso, a companhia alcançou a marca de 402.100 bitcoins em seu balanço, adquiridos por um total de US$ 23,4 bilhões, a um preço médio de US$ 58.263 por unidade.
“A MicroStrategy adquiriu 15.400 BTC por aproximadamente $1,5 bilhão a média de $95.976 por bitcoin e atingiu um BTC Yield de 38,7% QTD e 63,3% YTD. Em 12/2/2024, nós detemos 402.100 $BTC adquiridos por aproximadamente $23,4 bilhões a um custo médio de $58.263 por bitcoin. $MSTR”
MicroStrategy has acquired 15,400 BTC for ~$1.5 billion at ~$95,976 per #bitcoin and has achieved BTC Yield of 38.7% QTD and 63.3% YTD. As of 12/2/2024, we hodl 402,100 $BTC acquired for ~$23.4 billion at ~$58,263 per bitcoin. $MSTR https://t.co/K3TK4msGp0
— Michael Saylor⚡️ (@saylor) December 2, 2024
Com a nova compra, a MicroStrategy se torna uma das maiores detentoras corporativas de bitcoin. Vale lembrar que a emissão máxima de bitcoin será de 21 milhões de unidades, enquanto mais de 90% desta quantia já foi minerada.
Bilionário confirma compra histórica de bitcoins em meio a críticas
No geral, a aquisição consecutiva de bitcoins pela MicroStrategy é mais um exemplo da crescente integração do bitcoin ao mercado financeiro global. Na última semana, por exemplo, a empresa comprou outros 55 mil BTCs, sendo esta sua maior aquisição de uma só vez até então.
Tal movimento reflete a confiança inabalável de Saylor na tese de que o bitcoin é a melhor reserva de valor a longo prazo. Os resultados apresentados por ele corroboram essa visão: o rendimento do bitcoin no trimestre foi de 38,7%, enquanto no acumulado do ano atingiu 63,3%.
Assim, os números reforçam a narrativa de que o bitcoin é uma proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias, além de mostrar o quanto a estratégia da MicroStrategy é atrelada à valorização da moeda digital.
E este tem sido o principal motor de críticas para a empresa, que já começou a atrair a atenção de investidores e críticos. No Brasil, por exemplo, Tiago Reis abriu publicamente uma posição vendida na bolsa norte-americana, acreditando que a MicroStrategy tem fundamentos de mercado arriscados para sua operação.
A grande aposta?
O episódio da nova aquisição massiva de bitcoins pela MicroStrategy, liderada por Michael Saylor, pode ser relacionado ao filme A Grande Aposta (The Big Short). Famoso por contar uma história real, mostra investidores visionários que desafiaram a lógica ao apostar contra o mercado imobiliário antes da crise de 2008.
Assim como os protagonistas do filme identificaram uma oportunidade em meio ao caos financeiro, Saylor aposta no bitcoin como o futuro das reservas de valor.
Vale o destaque que, no filme, os investidores foram inicialmente desacreditados por apostarem contra um sistema que parecia invencível. De forma semelhante, Saylor enfrenta críticas por transformar a MicroStrategy em uma “grande aposta” corporativa no bitcoin, um ativo que ainda desperta dúvidas em boa parte do mercado tradicional.
Ambos os casos compartilham a temática de assumir riscos com base em convicções fundamentadas, mesmo que isso contrarie a opinião majoritária. Se a estratégia de Saylor continuar a ser bem-sucedida, ele poderá ser visto no futuro como um dos grandes visionários do mercado financeiro contemporâneo.