Binance anuncia fim de negociações de derivativos na Austrália

Resta esperar para saber até onde a Binance vai agradar as autoridades financeiras, algo que ela já demonstrou estar disposta a fazer para manter suas negociações funcionando em vários países ao redor do mundo.

A Binance é a maior corretora de criptomoedas do mercado global e com certeza um importante pilar para todo o setor. No entanto, com a fama e a importância vem a pressão dos reguladores e das autoridades fiscais, o que acabou forçando a empresa a deixar de oferecer a negociação de derivados de Bitcoin e de criptomoedas na Austrália.

A Binance anunciou que vai interromper as atividades de negociação de derivativos de criptomoedas no país da Oceania por causa do escrutínio de reguladores em todo o mundo.

A decisão impede que os usuários da exchange tenham acesso às negociações de contratos futuros, derivativos e a negociação alavancada de qualquer tipo de token disponível na plataforma.

De acordo com o comunicado, a medida entrará em vigor no final deste ano, dando tempo para que os usuários se preparem. A partir do dia 24 de setembro, os usuários da Binance na Austrália terão 90 dias para fechar suas posições de derivativos.

“Os usuários poderão recarregar saldos de margem para evitar serem liquidados, mas não poderão aumentar suas atuais posições ou abrir novas posições. Depois de 23 de dezembro os usuários não terão mais a capacidade de encerrar manualmente suas posições, todas as posições abertas serão fechadas automaticamente.”

Binance na mira de reguladores

A Binance continua na mira dos reguladores em todo o mundo. O escrutínio dos EUA obrigou ela a lançar uma filial apenas para o país, a Binance US, com alavancagem limitada e menos ofertas de produtos derivativos para agradar a SEC.

Outros países já emitiram alertas sobre a empresa, incluindo Malta, Ilhas Cayman, Japão, Itália, Brasil, Singapura, Holanda, Canadá, Alemanha, Chile e Reino Unido.

A oferta de derivativos é sempre uma grande preocupação dos órgãos reguladores em relação a Binance, principalmente a negociação alavancada. A principal alegação é que esse tipo de negociação oferece muitos riscos aos clientes e investidores e portanto precisa de uma regulamentação mais severa.

No entanto, a Binance sempre fica na mira das autoridades por causa das suas regras mais relaxadas de KYC, o que não agrada nenhum pouco as autoridades fiscais ao redor do mundo. Com isso, é fácil entender porque agências de diferentes jurisdições continuam “pegando no pé da corretora”.

Resta esperar para saber até onde a Binance vai agradar as autoridades financeiras, algo que ela já demonstrou estar disposta a fazer para manter suas negociações funcionando em vários países ao redor do mundo.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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