O CEO da Binance negou que irá cobrar impostos da Terra Classic (LUNC) para ajudar a comunidade a queimar moedas, resposta dada em um Twitter Spaces nesta sexta-feira (23), promovido pela corretora com seus seguidores.
CZ participou no início da manhã de uma AMA com clientes da empresa e pôde falar sobre vários assuntos que preocupam os investidores, como Luna Classic.
Dessa forma, ele explicou sobre um ponto polêmico que a comunidade LUNC aguardava como salvação para seu projeto.
CEO da Binance nega que irá cobrar impostos da Terra Classic (LUNC) e moeda derrete 13% em 1 hora
O CEO da Binance jogou um balde de água fria na comunidade Terra Classic (LUNC) nesta sexta, quando negou a possibilidade de cobrar impostos por transações.
Muitos investidores do projeto votaram há poucos dias para que a blockchain LUNC cobre taxas de seus usuários como uma forma de queimar moedas. Essas medidas, contudo, começam a ser cobradas de várias corretoras centralizadas.
Na AMA desta sexta, promovida pela Binance, CZ declarou que se colocar um imposto de 1,2% em cada transação com LUNC, a sua plataforma não ajudará em nada o mercado e deixará de ser utilizada pelos traders. Ou seja, ele não pode fazer isso da forma que a comunidade espera.
“As corretoras centralizadas têm diferentes considerações. Se você pensar na teoria dos jogos, certo, claro, todo mundo quer que todo mundo queime 1,2% por transação, mas qualquer um, exceto da perspectiva do usuário, se a Binance cobrar um imposto de 1,2% de taxas por transação? Não vamos queimar muito. Eu posso te contar. Basicamente, ninguém vai negociar na Binance.”
Ao comentar sobre essa situação, CZ fez uma analogia com a cobrança de impostos feita por países, que não cobram 1,2% de cada transação feita pela população.
Caso fizesse, a população começaria a deixar de realizar transações, visto que após 50 negociações, o patrimônio poderia cair para zero. Ele lembrou que se todas as corretoras centralizadas implementarem juntas a medida, que a Binance seguirá o mercado, mas sozinha é impossível realizar tal movimento.
“É muito semelhante a alguns países que implementam um imposto de 1,2% por transação. Adivinha? Nessas exchanges nesses países, o volume vai para 0 ou muito próximo de 0. Então, por exchanges centralizadas, a menos que possamos fazer com que todas as exchanges centralizadas do mundo cobrem para fazer isso, não vai funcionar assim. Qualquer bolsa que implemente transações de 1,2%, taxa de negociação por transação. Isso não vai estar no volume de negociação. Você negocia 50 vezes, você tem zero.”
Para resolver o problema, o executivo da corretora lembrou que a cobrança de 1,2% das transações deveria ser realizada no protocolo da moeda, ou seja, na blockchain, não por empresas do mercado.
Com a fala de CZ, a LUNC despencou 13% em menos de 1 hora, com o mercado precificando a novidade de que corretoras centralizadas dificilmente cobrarão impostos para queimar moedas no futuro próximo.
CZ disse que quer ajudar países a adotarem criptomoedas e citou como exemplo vinda ao Brasil
Um membro da Ethereum Foundation elogiou a Binance pela forma que a corretora ajuda a melhorar a adoção das criptomoedas, e perguntou CZ sobre as barreiras encontradas no processo.
Em resposta, CZ disse que a adoção em massa hoje é mais importante para a corretora que os lucros. Assim, ele lembrou que fez várias visitar ao continente africano recentemente, comentou de sua vinda ao Brasil, Argentina e outros países latinos, em busca de ajudar os movimentos locais a se fortalecerem.
“Para a Binance, é muito importante para nós a adoção em massa. Priorizamos isso muito mais em relação à segmentação de lucro, regiões de alta renda, regiões de alta receita, etc. Então é por isso que, você sabe, eu pessoalmente visitei a África quatro vezes este ano. Fiquei na América Latina por um mês e meio e visitei o Brasil, Argentina, El Salvador. Queremos ajudar as pessoas a conhecerem as criptomoedas.”
Ele lembrou que o trabalho não é tão emocionante assim, mas que tem sido promissor na visão do CEO da Binance.