Bitcoin é mais forte em países com pouca liberdade econômica

Uso da criptomoeda cresce em países com problemas econômicos, como uma elevada alta de taxa de inflação.

O Bitcoin é amplamente utilizado em países considerados com pouca liberdade econômica. A tendência de utilização da criptomoeda é mais expressiva em países como a Venezuela, por exemplo. Além disso, grandes potências econômicas mundiais como nos Estados Unidos e a China aparecem na lista dos países com maior adoção do Bitcoin.

A pesquisa revelada leva em consideração os dados referentes a corretora LocalBitcoins. Presente em cerca de 250 países, essa bolsa de negociação pode oferecer um mapeamento global da comercialização do Bitcoin.

Rússia negociou 386 mil BTC

A LocalBitcoins representa um dos maiores volumes de negociação de Bitcoin no mundo. Em de 2019 a bolsa comercializou cerca de 9 mil (BTC) semanalmente. O impressionante o volume de bitcoins comercializados pela LocalBitcoins pode revelar a alta demanda pela criptomoeda em países com pouca liberdade econômica.

De acordo com o relatório apresentado, a Rússia aparece como um dos países com maior volume de bitcoins comercializado através da LocalBitcoins. Segundo os dados, o país de Vladimir Putin comercializou 386 mil (BTC). Em segundo lugar aparece os Estados Unidos, com 282 mil (BTC) negociadas desde 2017.

O estudo revela ainda que a Venezuela aparece na sexta posição. O país que enfrenta uma inflação com números recordes negociou 99 mil (BTC). Enquanto isso, a Nigéria aparece em quinto lugar no ranking com 101 mil (BTC) negociados no mesmo período. Confira a lista  dos maiores países que mais negociaram bitcoins de acordo com o estudo:

  1. Rússia – 386 mil BTC
  2. Estados Unidos – 282 mil BTC
  3. China – 208 mil BTC
  4. Reino Unido – 155 mil BTC
  5. Nigéria – 101 mil BTC
  6. Venezuela – 99 mil BTC
  7. Colômbia – 40 mil BTC

A restrição econômica pode beneficiar o Bitcoin?

Países como Venezuela aparecem como territórios em que o Bitcoin foi adotado de forma massiva. Essa adoção teria sido impulsionada pelo momento frágil em que a economia do país vizinho ao Brasil vivencia atualmente. Com uma inflação que bate recordes seguidos, a Venezuela presenciou uma aguda desvalorização do Bolívar soberano, a moeda venezuelana.

Como alternativa a moeda fiduciária do país que não para de se desvalorizar, os cidadãos venezuelanos encontraram no Bitcoin uma alternativa. De acordo com os dados da pesquisa,  foram negociados 317 bitcoins para cada 100 mil habitantes na Venezuela.

No total, a LocalBitcoins negociou 1,6 milhão de (BTC) nos últimos 33 meses analisados pelo estudo. Até então, a Rússia representava o maior mercado para criptomoedas em todo o mundo.  Os dados revelam que o país registrou quase 25% do total do volume negociado de bitcoins em todo mundo. Por outro lado, África do Sul aparece na décima posição no ranking ao registrar apenas 1,5% de todas as transações envolvendo a criptomoeda na LocalBitcoins.

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Paulo Carvalho
Paulo Carvalho
Jornalista em trânsito, escritor por acidente e apaixonado por criptomoedas. Entusiasta do mercado, ouviu falar em Bitcoin em 2013, mas era que nem caviar, "nunca vi, nem comi, só ouço falar".

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