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Bitcoin e ouro caíram, dinheiro é a bola da vez

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Não há mais certeza de nada com a crise financeira, acirrada pelo coronavírus e pelas injeções de liquidez de bancos centrais. O Bitcoin e o ouro, por exemplo, foram trocados por dinheiro pelos investidores, que buscavam liquidez.

De fato, as preocupações refletem a busca por manter o patrimônio líquido, sendo moedas fiduciárias a bola da vez. Os bancos centrais correram para suas impressoras, jorrando dinheiro nos mercados.

No Brasil, medidas protetivas foram anunciadas para ajudar setores específicos. Nos EUA, o FED continua imprimindo novos dólares, sendo mais de U$ 500 bilhões nesta terça, de acordo com a CNBC.

O problema do aumento de dinheiro no mercado é a inflação. Um famoso defensor do ouro e crítico do Bitcoin apontou que o FED está empurrando a crise para os supermercados.

Bitcoin e ouro desvalorizam com população preferindo dinheiro fiduciário

Quando em crise, medidas de proteção de capital são sempre procuradas pelas pessoas. Além disso, estoque de alimentação, medicamentos, entre outros, são procurados como forma de diminuir os impactos de uma possível alta descabida de preços.

No campo da economia, o ouro é um dos maiores hedges na história do mundo. Isso significa que o mineral manteria o valor de um patrimônio ao longo do tempo, mesmo em crises financeiras.

Contudo, a crise do coronavírus, como tem sido chamada por alguns, apresentou uma realidade interessante a quem acompanha mercados financeiros. O ouro não é o ativo escolhido pela maioria neste momento de alta incerteza. De acordo com o FxStreet, a última semana foi a pior para o ouro desde 1983.

O Bitcoin, outrora chamado de ouro digital, também recuou de preços na última semana, tendo registrado o pior dia de suas cotações da história. A queda foi tão grande que o Bitcoin perdeu 50% de valor em menos de 24 horas.

Com isso, quem ganhou espaço foi o dinheiro fiduciário, principalmente o dólar. Perante o Bitcoin e o ouro, o dólar ganhou muito valor na última semana, mostrando-se uma reserva de valor, na visão das pessoas.

Bitcoin e ouro possuem semelhanças, que somem quando é arranhada a casca

Para um colaborador da Forbes, Roger Huang, o Bitcoin e o ouro possuem semelhanças a primeira vista. Ambos são ativos que proporcionam um contra-ciclo, ou seja, um refúgio de investimentos tradicionais.

Contudo, o mercado de ouro é mais maduro, com fortes laços com instituições tradicionais e largamente utilizado como reserva por bancos centrais. Com isso, o Bitcoin possui dificuldades de acompanhar o mineral, uma vez que nem ETF teria ainda.

O problema para o Bitcoin, na visão de Huang é que se mostra sem a liquidez que os investidores buscam, como no atual momento da crise do coronavírus. Como meio de pagamento, até internacional, o analista destacou que a moeda digital é muito melhor.

Bitcoin e Ouro

População corre risco ao preferir dinheiro fiduciário como forma de proteção ao capital

O maior problema que as pessoas não percebem, entretanto, é que estão buscando ativos perigosos: o dinheiro fiduciário. A recuperação da economia pelo Banco Central dos EUA (FED), de acordo com Peter Schiff, tem sido feita em cima de bolhas.

Peter Schiff, defensor do ouro e crítico do Bitcoin e que previu a crise de 2008, afirmou que o FED é imprudente na condução da política monetária. Dessa forma, a chamada recuperação da economia com impressão em massa de dinheiro, piora o cenário.

Neste ponto, em que o FED pode estar criando uma recuperação artificial da economia, ter ativos sólidos nos portfólios poderá ser a diferença. Para Peter Schiff, a “recuperação” sendo colocada em prática pelo Banco Central dos EUA vai atacar diretamente no consumo básico das pessoas.

Como o Fed deliberadamente construiu a “recuperação” dos EUA com base em bolhas de ativos, o que acontece com a economia depois que essas bolhas estouram e toda a riqueza do papel desaparece? A última vez que o Fed gerou inflação entrou no mercado de ações. Desta vez, vai ao supermercado.

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Autor:
Gustavo Bertolucci