Em documento publicado nesta segunda-feira (31), a Fidelity aborda um questionamento comum entre investidores: “em qual criptomoeda investir?” A partir disso, a empresa aponta que o Bitcoin não tem concorrentes.
Para ser mais específico, a Fidelity afirma ser preciso separar o Bitcoin de outras criptomoedas. Afinal, embora o bitcoin tenha perdido boa parte de sua dominância ao longo da última década, não há outro projeto similar que apresente riscos a ele.
“Como um bem monetário, o bitcoin é único. Portanto, não apenas acreditamos que os investidores devem considerar o bitcoin primeiro, para entender os ativos digitais, como também que o bitcoin deve ser separado de todos os outros ativos digitais que vieram depois.”
O Bitcoin como um bem monetário
Iniciando suas comparações, o relatório da Fidelity aponta diferenças entre o Bitcoin, o ouro e as moedas fiduciárias.
Separados em sete pontos: durabilidade, divisibilidade, fungibilidade, portabilidade, verificabilidade, escassez e histórico, o Bitcoin só fica para trás neste último ponto.
Enquanto isso, o ouro apresenta três desvantagens. Já as moedas fiduciárias elevam este número para cinco, incluindo o ponto mais importante que é a durabilidade, afinal perdem tanto poder de compra que precisam ser substituídas ou então apelar para o corte de zeros.
Concorrentes do Bitcoin
Conforme o Bitcoin é um dinheiro melhor que ouro e moedas fiduciárias, como mostrado acima, seus principais concorrentes seriam outras criptomoedas. Todavia, a Fidelity aponta que não há outro projeto de mesmo foco que apresente riscos para o BTC.
Ao compará-lo com o Ethereum, segunda maior criptomoeda, o relatório aponta as diferenças entre os projetos. Enquanto o Bitcoin é uma rede monetária segura e descentralizada, o Ethereum funciona como um computador global distribuído.
Indo além, outra grande diferença entre os dois projetos está relacionado a política monetária. Enquanto a oferta de BTC é fixa e pré-programada, o Ethereum não só mudou ao longo do tempo como também é esperado que mude novamente. Em outras palavras, o Ethereum não serve como uma moeda.
Com isso, voltamos aos reais concorrentes do Bitcoin (BTC), seus forks Bitcoin Cash (BCH), Bitcoin SV (BSV), Bitcoin Gold (BTG) e outras moedas como Decred (DCR), DigiByte (DGB), Dogecoin (DOGE) e o Litecoin (LTC) que por muito tempo foi conhecido como a prata das criptomoedas.
Mesmo com blockchains mais rápidas, como no caso do Litecoin, o Bitcoin sempre manteve uma alta dominância. O mesmo em relação ao Bitcoin Cash durante a guerra do tamanho dos blocos e também com a recente explosão da Dogecoin por conta dos tweets de Elon Musk.
Portanto, a cada novo ano fica mais difícil acreditar que alguma criptomoeda apresente um risco para o Bitcoin.
O Bitcoin como um ativo
Um das principais características do Bitcoin, posteriormente herdada por muitas outras criptomoedas, é o Bitcoin ser tanto um sistema de pagamento — uma rede — quanto uma moeda.
Desta forma, é claro que o Bitcoin fica para trás em escalabilidade, por exemplo. Todavia, o relatório da Fidelity aponta que o Bitcoin pode ser introduzido em outras blockchains, como a do Ethereum, em forma de token.
Desta forma, embora se perca a segurança da blockchain do Bitcoin, os detentores de BTC podem aproveitar casos de uso em outras redes. O mesmo vale para outros sistemas, como cartões de débito.