A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, reenviou o documento relacionado ao pedido de ETF de Bitcoin à vista para a SEC nesta segunda-feira (3). Na semana passada, a Comissão havia mencionado que os papéis estavam inadequados.
Um dos motivos foi a falta da menção de uma corretora. Sem nenhuma surpresa, a BlackRock citou a Coinbase, já escolhida para custodiar os fundos através da Coinbase Custody.
“Além disso, a Bolsa pode solicitar mais informações da Coinbase relacionadas à atividade de negociação à vista de bitcoin na Coinbase”, aponta o documento, notando seu compromisso em detectar e investigar manipulações no mercado.
Outra que citou a Coinbase em seu pedido foi a Cboe. Os documentos também foram reenviados nesta segunda-feira.
Bitcoin opera em alta, ações da Coinbase disparam
Enquanto o Bitcoin apresentou uma leve queda na semana passada após os comentários negativos da SEC, o oposto acontece nesta segunda-feira (3) após os reenvios dos documentos.
Negociado a US$ 31.270, o Bitcoin está sendo negociado a sua máxima de 2023. Sem grande resistência pela frente, analistas apontam que o próximo alvo pode ser os US$ 34.000.
A corretora Coinbase, citada nos documentos, foi a principal beneficiada. Negociada na Nasdaq, suas ações tiveram uma alta de 11,7% nesta segunda-feira.
Apesar de ter sido processada pela SEC, os ganhos das ações da Coinbase são de 137,9% no ano, superando até mesmo a alta de 90% do Bitcoin. Portanto, o mercado está simplesmente ignorando os reguladores.
Por fim, analistas apontam que o primeiro ETF de Bitcoin à vista pode demorar para ser aprovado, dificilmente em 2023. Ou seja, investidores estão aproveitando essa janela para realizar aportes, acreditando ser ‘apenas questão de tempo’ antes que mais capital ingresse no mercado.