Bitcoin segue tendência de alta e se aproxima dos R$ 50 mil

O FOMO, junto do medo da recessão tem sido um dos principais motores para a recente movimentação positiva que o Bitcoin apresentou nas últimas semanas.

Chegando no final de abril estamos entrando na reta final do período pré-halving. Nesse período o Bitcoin pegou muitos de surpresa ao sair de uma negociação lateral de semanas e alcançando valores acima dos US$ 8.000 durante essa semana, no começo do dia 30, o bitcoin teve mais um movimento importante, batendo o valor de US$ 9.450.

O valor foi atingido por volta das 3:10 desta quinta-feira (30), no entanto, o nível se mostrou uma forte resistência e uma rápida correção sucedeu nas próximas horas. O preço encontrou suporte em US$ 8.680 e desde então se mantém acima da casa dos US$ 8.700.

Foram mais de 12% de alta desde a quarta-feira e isso não só animou os muitos investidores, mas também colocou o Bitcoin em uma área de preço essencial para esse período pré-halving.

Entrar nesse momento com um mercado positivo pode tornar a narrativa de oferta e demanda ainda muito mais forte e mais garantir resultados melhores para o período pós-halving.

No entanto, é preciso entender, ou ao menos tentar, o que está levando a essa alta no preço para ter a certeza de que não é mais uma armadilha de touro se aproximando.

Bitcoin ultrapassa os US$ 9.000, mas por que?

Bitcoin em Alta
Bitcoin em Alta

Existem diferentes motivos para tentar determinar essa recente alta que vem ganhando força desde o começo dessa semana. Temos a narrativa do próprio halving, que em teoria, aumenta o interesse do público, principalmente o FOMO.

Com mais investidores procurando comprar o Bitcoin antes do evento para conseguir aumentar os lucros em uma possível alta, a demanda aumenta e o preço do ativo é elevado.

Ao analisar o Whale Alert, um bot do Twitter que monitora grandes transações no criptomercado, não há muitas movimentações que possam indicar que baleias estejam alterando o preço da moeda de alguma forma, apesar de grandes valores sendo transferidos em USDT, que costuma trazer altas no preço do bitcoin.

Ao que tudo indica, a demanda parece ter sido alavancada pela falta de confiança no mercado tradicional.

Medo de recessão nos EUA pode ter elevado o preço da moeda

Mercado de ações em queda, pior crise desde 2008?
Estamos no pior crise econômica desde 2008, diminuindo a confiança no dólar e outras moedas fiduciárias.

Assim como o resto do mundo, os EUA também estão passando por um momento de grande preocupação com a economia. Curiosamente, a alta do Bitcoin coincidiu com rumores de um novo cheque de auxilio emergencial para os cidadãos do país norte-americano.

De acordo com o site Coin Nounce o FED continua tentando encontrar maneiras de segurar a crise enquanto ajuda a população do país. Com isso, as taxas de juros para os bancos estão quase chegando a zero.

Como apontado pelo site CoinDesk, o presidente do FED, Jerome Powell, disse em uma coletiva de impressa, que a instituição vai continuar tentando ao máximo manter a economia dos EUA sem problemas nos próximos meses.

Além dos juros ficando entre 0% e 0.25%, o FED vai continuar comprando ativos da Tesouraria dos EUA em grandes quantidades.

Essas ações, junto com os programas de auxílio emergencial fizeram com que o orçamento anual do FED alcançasse US$ 6.5 trilhões em seus 107 anos de história. Esse é um valor assustador e que com certeza indica uma grande crise em uma economia que já vinha acumulando débito.

Ainda durante a conferência, Powell afirmou que o próximo relatório econômico do país via revelar o “dano sem precedentes do coronavírus.”

O FOMO, junto do medo da recessão tem sido um dos principais motores para a recente movimentação positiva que o Bitcoin apresentou nas últimas semanas.

Bitcoin superando o ouro e o S&P 500

Balança com ouro e Bitcoin
Apesar de também ter se recuperado, o ouro continua atrás do Bitcoin.

Ao atingir o atual valor de mercado, o bitcoin alcançou no gráfico de YTD (Year-to-Date, ou seja, do começo do ano até a data de hoje) uma valorização de 20%, conseguindo recuperar parte das perdas no início da crise.

O ouro valorizou “apenas” 12% no mesmo período. A movimentação dos dois ativos deu ainda mais força para aqueles que apostam nos dois como reservas de valor.

No entanto, não foi apenas o ouro que o Bitcoin ultrapassou com essa mais recente valorização. Como apontando pelo The Block, a performance da criptomoeda ultrapassou a do S&P 500 pela primeira vez desde março, durante a queda das ações.

Ao analisar o período desde 20 de fevereiro, é possível notar que o bitcoin teve uma recuperação para cerca de -13.85% (negativo) enquanto o S&P 500 tem o índice por volta de -14.01%. Além disso, o ativo está acima dos US$ 8.000, enquanto o índice tradicional bateu US$ 2.920.

A crise afetou tanto o mercado de ações quanto o de ativos digitais tiveram um começo parecido durante a recente crise. No entanto, o Bitcoin mostrou uma recuperação muito mais rápida e parece estar no caminho para novos ganhos.

Mesmo com incerteza, a recente alta já foi lucrativa para muitos

Muita gente está correndo para comprar o Bitcoin nesse momento pré-halving, principalmente com essa recente alta. No entanto, tem outros que estão correndo para vender, já que eles obtiveram um grande lucro.

Esse é o caso de Tone Vays, famoso trader de Bitcoin e defensor da criptomoeda, que disse ter aproveitado a alta para sair da sua posição longa com o ativo digital. Vays explicou que aproveitou a queda recente para comprar a moeda e vendeu quando o preço atingiu os US$ 9.000.

E ele não foi o único, como apontado pelo Glassnode no Twitter, agora o mercado do bitcoin é mais lucrativo do que ele era antes da última queda. Isso indica que muitos investidores compraram na queda para vender na alta.

Como é comum em todo o mercado “Buy the Dip”. Ou seja, compre na queda.

Vale lembrar que a atitude de Vays demonstra um comportamento comum entre vários investidores. Isso pode sinalizar uma futura queda de preço, caso muitos vendam as suas moedas para aproveitar o lucro.

Vale lembrar que essa notícia tem caráter informativo e não deve ser usada como recomendação de investimento.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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