BlackRock é a porta de entrada para Bancos Centrais investirem em Bitcoin, aponta Barry Silbert

Com o Bitcoin sendo comparado com o ouro por diversos investidores — fornecendo melhores níveis de escassez, divisibilidade, e portabilidade — nada impede que bancos centrais usem esta criptomoeda como parte de suas reservas internacionais.

Para o fundador do Digital Currency Group (DCG) — empresa controladora da Grayscale, CoinDesk e outras gigantes — a entrada da BlackRock no Bitcoin significa que diversos bancos centrais poderão investir na criptomoeda de forma fácil.

Sendo assim, Barry Silbert acredita que a maior gestora de ativos do mundo pode atrair muito mais que empresas públicas para o setor das criptomoedas, permitindo que governos armazenem bitcoin assim como fazem com ouro e outros ativos internacionais.

Portanto, análises que esperam uma nova alta histórica do Bitcoin graças à BlackRock podem apresentar resultados ainda melhores com essa nova visão. Afinal, o potencial investimento em Bitcoin por um Banco Central vai muito além do dinheiro, sendo uma questão de reconhecimento.

BlackRock e os Bancos Centrais

Em março de 2020, a BlackRock foi contratada pelo Banco Central dos EUA (Federal Reserve) para lidar com a compra de bilhões de dólares em títulos, servindo como um esforço do Fed para estabilizar a economia.

Também nesta data, o Banco Central do Canadá escolheu a mesma gestora para gerenciar a compra de ativos pelo mesmo. Apesar de não revelar o nome de seus clientes em seu site, a BlackRock cita parcerias com BCs e outras entidades governamentais, mostrando a sua força global.

“O Official Institutions Group (OIG) faz parceria com bancos centrais, fundos soberanos, ministérios das finanças, fundos de geração futura e organizações multilaterais,” aponta o site da BlackRock, gestora de US$ 10 trilhões. “Oferecendo uma gama de soluções personalizadas e serviços globais de gerenciamento de investimentos, gerenciamento de riscos e consultoria.”

Bancos centrais investindo em bitcoin?

A entrada da BlackRock no Bitcoin — com sua parceria com a Coinbase e, na semana seguinte, com a criação de um fundo privado de investimento — acontece enquanto os EUA e outras potências mundiais discutem leis para cercar esta indústria.

Portanto, com tanta influência na política, sua exposição em Bitcoin em um momento crítico sugere que a BlackRock saiba algo a mais sobre as decisões da SEC, CFTC e outras. Estaria até mesmo o Fed interessado em, ou pelo menos disposto a ouvir sobre as vantagens, de comprar Bitcoin?

“Curiosidade: a BlackRock aconselha e investe dinheiro para muitos dos bancos centrais em todo o mundo,” escreve Barry Silbert, Fundador da Digital Currency Group após a BlackRock lançar seu fundo privado de Bitcoin. “Outra curiosidade: os bancos centrais agora têm uma maneira fácil e segura de investir em bitcoin.”

Com o Bitcoin sendo comparado com o ouro por diversos investidores — fornecendo melhores níveis de escassez, divisibilidade, e portabilidade — nada impede que bancos centrais usem esta criptomoeda como parte de suas reservas internacionais.

O próprio Banco Central dos EUA é quem possui a maior quantia, são mais de 8 toneladas de ouro, avaliado em mais de US$ 500 bilhões.

Na sequência aparece o Bundesbank, BC da Alemanha com 3,3 toneladas de ouro. De qualquer forma, as quantias seriam o mais irrelevante aqui. Afinal um investimento realizado por um BC de uma potência mundial seria o maior reconhecimento de que o Bitcoin venceu seus maiores inimigos.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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