A Autoridade de Supervisão do Sistema Monetário da Bolívia (ASFI), emitiu um alerta para a população sobre o Bitcoin nesta quinta-feira (20). De acordo com a publicação, as pessoas devem evitar o contato com criptomoedas no país.
De fato, o Bitcoin é proibido na Bolívia desde 2014, por determinação do Banco Central. O país, inclusive, foi um dos primeiros a proibir a negociação de criptomoedas.
Com a nova alta das criptomoedas, outros países correram para alertar sobre os riscos. A China, por exemplo, através do Banco Central e outras agências governamentais, reforçou alertas nos últimos dias.
A Cuba, que tem visto grande crescimento na procura por criptomoedas, também alertou sua população para golpes, principalmente de pirâmides financeiras.
Autoridade da Bolívia alerta sobre Bitcoin e pede cuidados da população
Em 6 de maio de 2014, o Banco Central da Bolívia proibiu o uso do Bitcoin no país com a Resolução n.º 044/2014. A medida extrema também citou outras criptomoedas não emitidas pelo governo local.
“A partir desta data, fica vedada a utilização de moedas não emitidas ou reguladas por estados, Daises ou zonas econômicas e ordens de pagamento eletrônico em moedas e denominações monetárias não autorizadas pelo BCB no âmbito do sistema nacional de pagamentos.”, citava o artigo primeiro da resolução que proíbe o Bitcoin na Bolívia.
Em 2017, quando o preço do Bitcoin alcançou quase US$ 20 mil, a procura pelas criptomoedas no país voltou a crescer, assim como os golpes.
Assim, o Banco Central da Bolívia emitiu um alerta, lembrando a população que o assunto já estava decidido desde 2014, e uma investigação sobre uma pirâmide com Bitcoin Cash havia prendido 18 pessoas.
No entanto, nem mesmo a proibição e os constantes reforços sobre o assunto contêm a curiosidade da população sobre o tema.
Nesta quinta-feira (20), por exemplo, foi a vez da ASFI Bolívia emitir um novo alerta contra o Bitcoin, que não é regulamentado pelo BCB e nem está sob supervisão do órgão financeiro do país, equivalente à CVM no Brasil.
O alerta lembrou que as criptomoedas são anônimas e funcionam apenas em modalidade digital.
#BCB | Prohibición de los criptoactivos
Los criptoactivos se emiten de manera digital y anónima. Su uso no está regulado por el BCB ni supervisado por la ASFI.#VamosASalirAdelante#ProtegiendoAlConsumidorFinanciero#IntermediaciónFinancieraNoAutorizada pic.twitter.com/3FmRS7IQAE— ASFI Bolivia (@asfibolivia) May 20, 2021
Único país da América do Sul a proibir o Bitcoin
Ao reforçar as medidas contra o Bitcoin, a Bolívia endossa as recentes proibições da China, que abalaram o mercado. Os países são parceiros comerciais e políticos hoje.
Mas a Bolívia é o único país da América do Sul a proibir o Bitcoin até hoje, sendo um dos poucos no mundo a considerar as criptomoedas ilegais.
Países vizinhos, como Brasil, Argentina e até a Venezuela, apesar de não criarem regulamentações até hoje, não chegaram a banir o uso das criptomoedas.