Um estudo, publicado pela Coincub nesta quarta-feira (13), aponta que o volume de negociação de criptomoedas no Brasil é um dos maiores do mundo. Contudo, outros pontos fazem com que nosso país ocupe a 42.ª colocação nesta classificação, ficando na frente apenas da China, Paquistão e Chipre.
Um dos pontos que mais derrubou o Brasil, anteriormente na 11.ª colocação, foi o surgimento de novas propostas de leis para regulamentar o setor, focando especialmente em exchanges.
Por fim, o estudo também analisou o número de faculdades relacionadas à tecnologia blockchain, número de caixas eletrônicos, porcentagem da população que usa criptomoedas, métricas do Google, bem como a quantidade de nós de Bitcoin e de exchanges nacionais.
Brasil cai 31 posições em apenas um trimestre
Previamente na 11.ª colocação no quarto trimestre de 2021, agora o Brasil ocupa a 42.ª posição na classificação da Coincub sobre países amigáveis às criptomoedas. Na imagem abaixo, países em tons mais claros são melhores.
A principal métrica que derrubou o Brasil é a regulamentação do governo. Desta forma o país fica atrás apenas da China, que ocupa o último lugar por banir as criptomoedas, nesta área.
“A falta de uma política decisiva sobre criptomoedas mantém o Brasil na parte inferior da classificação”
“Novas leis que estão sendo apresentadas envolvem a criação de um órgão para regular exchanges de moedas virtuais.”, aponta o relatório. “A medida faz parte da estratégia do Brasil para frear a paixão desenfreada da população por criptomoedas e, é claro, para reduzir fraudes e crimes relacionados às criptomoedas.”
Todo dia um 7×1 diferente
Quando comparado à Alemanha, que tomou o posto de número 1 neste trimestre, fica clara a diferença ao Brasil. No total, a Alemanha (em vermelho) lidera em sete pontos: serviços financeiros, regulamentação, meio-ambiente, proliferação, talento, taxação e população. Já o Brasil (em azul) fica na frente em apenas um ponto: a negociação de criptomoedas, devido ao grande volume.
Pontos positivos do Brasil
Apesar disso, o relatório destaca que o Brasil possui um dos maiores volumes em negociações de ponto a ponto (P2P). Ou seja, tais pessoas estão buscando formas mais privadas de comprar ou vender criptomoedas, o que é ótimo.
Seguindo, o estudo aponta que o Brasil possui um bom número de nós de Bitcoin em operação. Isso mostra que os brasileiros estão realmente preocupados com o Bitcoin em si, e não apenas em ganhar dinheiro. Indo além, o Coincub também reúne outras informações curiosas sobre o Brasil, como mostrado abaixo.
- Porcentagem da mineração mundial: 0,49%;
- Porcentagem da população que usa criptomoedas: 4,88%;
- Número de caixas eletrônicos: 22;
- Número de exchanges nacionais: 10;
- Volume recebido e enviado: 1,59 e 1,34 bilhão de dólares.
Por fim, o verdadeiro destaque fica para a Alemanha, Singapura, EUA, Austrália e Suíça, os cinco países que compõem o topo desta classificação.
De forma geral, o estudo mostra como as criptomoedas são uma tendência mundial. Indo além, é perceptível que ações de governos são responsáveis pela maioria das alterações nesta lista. Como destaque, o Canadá saiu do 5.º para o 9.º lugar após tomar decisões questionáveis no início deste ano.