O Brasil perdeu a sua força em adoção de criptomoedas, de acordo com novo ranking mundial divulgado nesta terça-feira (12), pela empresa Chainalysis.
Divulgado anualmente, o “Global Crypto Adoption Index” revela informações importantes sobre o mercado. Na edição 2022, por exemplo, o ranking global colocou o Brasil na 7ª posição mundial em adoção de criptomoedas.
Além disso, o país foi o único de toda América Latina a figurar entre os TOP 10 países em adoção de criptomoedas. Com alta inflação no Brasil, investidores buscavam refúgio nas moedas digitais descentralizadas, que não sofrem interferências de governos nem empresas.
Brasil cai para nona posição em ranking mundial de adoção de criptomoedas, Índia se torna o maior mercado
Em um ano, o mundo passou por várias mudanças políticas e econômicas, que causaram impactos diretos na adoção de criptomoedas.
Um dos casos mais expressivos que representam tal mudança de paradigmas envolve uma dança das cadeiras na adoção global, como a Índia, que pulou da quarta posição para a primeira. Ou seja, o país com a segunda maior população mundial é hoje o maior mercado cripto global.
Já o Brasil perdeu sua sétima posição, caindo para nona em apenas um ano. Ou seja, apesar de ainda continuar relevante como maior mercado cripto latino, investidores brasileiros perderam interesse.
O estudo analisa cinco índices de todos os 154 países, classificando quem são os maiores mercados.
Argentina também perdeu força, e América Latina perde destaque
Além do Brasil, o ranking de 2022 apresentava outros três países latino-americanos em adoção das criptomoedas, que eram a Argentina (13.º), Colômbia (15.º) e Equador (18.º). Ou seja, quatro países latinos tinham suas posições entre os 20 com maior adoção de criptomoedas.
Contudo, na edição 2023, apenas três países aparecem no ranking representando os latinos. Entre as novidades, está a saída da Colômbia e Equador do TOP 20. Além disso, a Argentina perdeu duas posições, caindo da 13ª para a 15ª posição.
Outra novidade positiva na região é a chegada do México, que ocupa a 16ª posição, após ficar de fora no ranking de 2022.
Com isso, a região latina agora tem a representação do Brasil (9º), Argentina (15º) e México (16º), se mantendo com três países em grande adoção.
O estudo da Chainalysis conclui que a região da Ásia Central do Sul e da Oceania (CSAO) domina o topo do ranking de países com maior adoção, sendo seis dos dez países desta região.
Até junho de 2023, quando o estudo analisou a adoção dos países, tudo indica que o volume das criptomoedas é o mesmo que do final de 2020. Ou seja, o mercado passa por uma baixa em operações, ainda que 2023 tenha começado com reações dos investidores.