spot_img

Brasileiro é o que menos tem interesse por DeFi no mundo, diz Google Trends

O DeFi (sigla em inglês para finanças descentralizadas) vem ocupando o posto de “queridinho” no mercado de blockchain. Em agosto deste ano, por exemplo, o setor atingiu capitalização de R$ 64 bilhões.

Apesar do “hype”, esse novo ecossistema não é muito popular no Brasil. De acordo com o Google Trends, o brasileiro é o que menos pesquisa por DeFi no mundo.

finanças descentralizadas

Vale lembrar que a ferramenta de análises de tendências do Google mostra o número relativo de buscas e não a quantidade absoluta. Em outras palavras, aponta o aumento da procura, e não o número exato de pesquisas feitas.

Brasil ocupa o último lugar nas pesquisas feitas no último ano

Nas pesquisas pelo termo DeFi, o país ocupa o último lugar entre 55 países. Na lanterninha, junto com o Brasil, estão Índia, Ucrânia, Rússia e Suécia.

Já nas primeiras posições, de acordo com o Google Trends, estão República da Maurícia (África), Burquina Faso (África) e França.

A pesquisa leva em consideração as buscas feitas nos últimos 12 meses. No caso dos últimos 90 e 30 dias, no entanto, a situação é semelhante.

Uniswap

A Uniswap é o ecossistema mais conhecido e mais popular de DeFi. De acordo com o site DeFi Pulse, o protocolo sozinho domina 23,77% das transações registradas em produtos descentralizados.

defi

Aqui no Brasil, segundo o Google Trends, o interesse por Uniswap é o mais baixo entre 68 países pesquisados. Esse cenário é visível tanto nas buscas feitas nos últimos 12 meses como nas registradas nos últimos 90 e 30 dias.

Ao lado do país nas últimas posições estão México, Japão, Colômbia, Chile, Índia e Irã. Já a nação que mais pesquisa pelo ecossistema é a China. Logo em seguida vem Nigéria, Singapura e Eslovênia.

MakerDAO e outros protocolos descentralizados

Assim como nas buscas por Uniswap e DeFi, o projeto de finanças descentralizadas MakerDAO não tem quase nenhuma popularidade por aqui. Em uma lista de 25 nações, o Brasil é o que tem menos interesse pelo ecossistema.

makerdao

Já os países que mais pesquisam pelo protocolo são China, Dinamarca, Hong Kong, Singapura e Coreia do Sul.

Os dados também levam em consideração os últimos 12 meses. Na pesquisa que compreende os últimos 90 e 30 dias, o cenário é o mesmo.

Não há volume considerável de buscas para Aave, WBTC e Curve Finance

Ao lado de Uniswap e MakeDAO, os outros três principais ecossistemas DeFi são Aave, WBTC e Curve Finance. Juntos, de acordo com o site DeFi Pulse, eles concentram 45% do valor total de criptomoedas bloqueadas em plataformas descentralizadas.

Nos casos dos ecossistemas Aave, WBTC e Curve Finance, segundo a ferramenta de análises do Google, na há volume considerável de buscas no Brasil.

Por que o brasileiro não tem tanto interesse por investimentos arriscados?

O brasileiro não tem interesse por investimentos arriscados e alternativos. Um dos principais motivos, de acordo com especialistas, é a falta de educação financeira. Além disso, o povo daqui tem medo e insegurança de escolher produtos financeiros, e acaba deixando o dinheiro na poupança.

“Falta educação. Um dos grandes problemas é a questão da zona de conforto. Desde criança somos ensinados que temos que guardar dinheiro em reais e a acreditar que a moeda é forte. Mas não é”, disse o youtuber Augusto Backes no quadro Debate Descentralizado, do Canal Dash Dinheiro Digital.

Vale lembrar que, em setembro, a poupança bateu recorde. O saldo total em contas poupanças, de acordo com o BC (Banco Central), superou a marca de R$ 1 trilhão pela primeira vez na história.

Com a queda da taxa Selic, no entanto, o rendimento no investimento mais tradicional e conservador do Brasil passou a render menos do que a inflação. Em outras palavras, isso significa que quem deixa dinheiro na poupança perde grana, em vez de ganhar.

$100 de bônus de boas-vindas. Crie sua conta na maior corretora para traders de criptomoedas e ganhe. Acesse Bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Leia mais sobre:
Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

Últimas notícias

Últimas notícias