O banco BTG Pactual lançou nesta segunda-feira (17) um fundo multimercado com 100% de exposição ao Bitcoin, principal criptomoeda do mundo. A iniciativa é pioneira no Brasil e pretende atrair grandes investidores do país.
Muitos investidores ainda não se sentem confortáveis em ter a criptomoeda em suas próprias carteiras. Riscos de custódia, de perda, dificuldade em “manusear” o Bitcoin, entre outros, seriam algumas das razões para que muitos se mantenham à distância.
Com os fundos, investidores podem se expor ao Bitcoin, diminuindo tais riscos, ainda que aumente o risco de contraparte. O movimento do banco brasileiro acontece em meio a uma maior compra institucional de criptomoedas no mundo.
BTG Pactual muda termo de fundo, agora a exposição é de 100% ao Bitcoin
O antigo Fundo de Investimento Multimercado PortFolio 1720, lançado pelo BTG Pactual, estava sem cotistas até o último dia 11 de maio. Dessa forma, o banco brasileiro tomou uma atitude de alterar as regras do fundo, renomeando este para BTG Pactual Bitcoin 100.
De acordo com o regulamento do fundo BTG Pactual Bitcoin 100, apenas investidores qualificados poderão comprar cotas de investimentos. A CVM estipula que pessoas físicas ou jurídicas que tenham investimentos declarados acima de R$ 1 milhão seriam aptos.
O BTG Pactual informou que a custódia será feita por ele, com a administração e gestão também por sua conta. Assim, investidores poderão comprar cotas em breve, visto que o fundo ainda está em fase pré-operacional.
No dia 13 de maio, dois dias após a criação do fundo divulgado hoje, foi feita uma captação de R$ 5 milhões, possivelmente pelo próprio BTG Pactual.
Em abril, o BTG Pactual já havia lançado outro fundo de Bitcoin, mas com apenas 20% de exposição.
Taxas e riscos devem ser conhecidos pelos investidores
Ao procurar investir em Bitcoin por fundos de investimentos, é importante procurar conhecer o que é cobrado de taxa das instituições. Além disso, quais são os principais riscos oferecidos pelo mercado e pela instituição.
No caso do BTG Pactual Bitcoin 100, o regulamento informa que o valor estará guardado em corretoras, sendo este um risco de contraparte aos investidores. Como o Bitcoin é mais seguro em carteiras, este certamente pode ser um dos maiores riscos.
Outro risco a ser considerado pelos investidores é o de oscilação do mercado. Como o fundo é 100% exposto ao Bitcoin, o BTG Pactual afirmou que os preços das criptomoedas podem variar mesmo sem mudanças em cenários econômicos e políticos, nacionais e internacionais. Outro risco apontado pelo banco é o de regulamentação.
De qualquer forma, investidores podem decidir se compensa investir diretamente em Bitcoin ou em um fundo com exposição de 100% no mesmo ativo. O lançamento, de fato, marca uma nova era de investimentos em criptomoedas no Brasil, com bancos cada vez mais interessados no setor.
Em abril, o BTG Pactual havia feito até uma live para explicar o funcionamento do Bitcoin.
Nos últimos dias, o Itaú confirmou que prepara o lançamento de um fundo com empresas que atuam com blockchain.