Cafu atuou como embaixador da Arbcripto. Imagem/Redes sociais.
O ex-lateral direito Marcos Evangelista de Morais, conhecido mais como Cafu, que participou das campanhas do Tetracampeonato e Pentacampeonato da Seleção Brasileira em 1994 e 2002, segue em busca de reparação após sua participação como garoto-propaganda em uma pirâmide de criptomoedas brasileira.
Chamada ArbCrypto, a empresa atuava no mercado com a promessa de grandes lucros em um período rápido. Para convencer clientes, seus líderes e promotores prometiam lucros de 2,5% ao dia, uma proposta irreal que lesou vários brasileiros.
De acordo com apuração do Livecoins em 2019, o jogador Cafu chegou a gravar um conteúdo nas redes sociais da empresa de que participaria da ArbFest, a festa para convidar novos investidores.
Publicamente, ele chegou a se apresentar como “embaixador” da ArbCrypto, uma pirâmide financeira que chegou a atuar em vários outros países.
Mais de cinco anos depois, Cafu segue em busca de reparação contra a empresa, alegando que eles utilizaram sua imagem e não pagaram pelo contrato.
De acordo com novas informações reveladas na coluna de Diego Garcia no UOL Esporte nesta sexta-feira (14), o ex-lateral segue ativo na justiça contra a ArbCrypto.
Ele pede a reparação de danos pelo uso da sua imagem e alega que não recebeu o que lhe foi prometido. O valor da causa gira em torno de R$ 1,9 milhão, que deveriam ser pagos em 10 parcelas de R$ 110 mil.
Para receber o valor, Cafu deveria aparecer em fotos de campanhas da empresa, gravar vídeos para investidores e até surgir em eventos da marca.
Alegando na justiça que não recebeu nenhum centavo, Cafu conseguiu com sua defesa nos últimos dias a citação dos donos do esquema fraudulento via edital. A esperança é a de que eles se apresentem no processo e honrem com o combinado.
Em processos movidos na justiça brasileira contra a ArbCrypto, Cafu chegou a figurar no polo passivo, como se fosse um dos donos do negócio.
Assim, chegou a ter bens bloqueados, além de contas bancárias, o que o levou a gastar muito para se defender e reaver seu patrimônio.
Ou seja, Cafu também alega prejuízo com sua propaganda, e ingressou na justiça em busca de danos materiais e morais, prejudicados pelo fato dos líderes do esquema ainda não terem sido notificados pela justiça brasileira.
Vale o destaque que, em 2021, a justiça chegou a prender no interior de Minas Gerais um dos líderes do negócio. Pressionado, ele chegou a ser alvo de tentativa de homicídio por ex-investidores revoltados.
Sem resolução, o caso segue na justiça, com investidores e o ex-jogador Cafu em busca de reparação. No caso publicado pelo UOL Esporte, nenhum representante do ex-jogador nem da empresa foram encontrados para comentar sobre o processo.
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