O CEO da BlackRock, Laurence Douglas Fink, acredita que o bitcoin impacta o dólar americano como reserva. De acordo com ele, as criptomoedas chegaram para ficar no mercado financeiro global.
Considerada a principal empresa de gestão de ativos do mundo, a BlackRock tem sede em Nova Iorque (EUA). A empresa investe em 100 países atualmente, sendo investidora do Brasil desde 2008.
Nos últimos anos, contudo, o CEO da BlackRock, Larry Fink, criticou muito o bitcoin. Para ele, o a moeda digital não passava de um “índice para a lavagem de dinheiro”.
A mudança de opinião de um gigante CEO acontece em meio a onda de adesão institucional à moeda digital. De acordo com a Forbes, Larry foi considerado o 28.º homem mais poderoso do mundo em 2018.
CEO da BlackRock acredita que o bitcoin impacta o status de reserva do Dólar no mundo
A moeda norte-americana, o dólar, é a principal divisa fiduciária do mundo atual. Ao lado do euro, é considerada uma das melhores em reserva de valor. Ou seja, um investidor ao se expor ao dólar poderia manter seu patrimônio no longo prazo.
Contudo, em 2020 o Banco Central dos EUA, o FED, imprimiu dólar com vontade. Cerca de 22% de toda a emissão de dólar foi criada apenas em 2020, ou seja, despejou papel colorido no mercado.
O movimento foi visto com ceticismo por muitos investidores dos EUA. Dessa forma, cada vez mais bilionários passaram a comprar bitcoin, como Paul Tudor Jones, por exemplo. O banco JPMorgan, antes um crítico, passou a apoiar a criptomeoda também.
Na última terça-feira (1), o CEO da BlackRock, Larry Fink participou de um simpósio online. Chamado de “A economia global: rumo a um inverno sombrio?“, Larry deu sua opinião.
De acordo com ele, uma moeda digital tem a total capacidade de tornar o dólar mais fraco. Essa visão pode fazer com que o bitcoin, por exemplo, torne o dólar irrelevante no médio para longo prazo.
Essa foi a segunda vez em menos de 30 dias que alguém da BlackRock endossa o bitcoin. No mês de novembro, o diretor de investimentos da BlackRock falou que a moeda digital poderia até substituir o ouro.
Leia também: Maior gestora de ativos do mundo: “Bitcoin chegou para ficar, pode substituir o ouro”
Bilionários cada vez mais presentes na comunidade Bitcoin
Os bilionários pelo mundo continuam a escalar sua jornada rumo ao bitcoin em 2020. Como apontado pelo Livecoins, 30 bilionários possuem bitcoin, mas não falam sobre isso, revelou um milionário do Twitter.
Com a fala de Larry Fink, CEO da maior empresa de gestão de ativos do mundo, o bitcoin ganha novamente destaque. Mesmo com o crescimento do interesse na moeda digital, a adoção institucional pode ainda nem ter começado de verdade.
De acordo com Mira Christanto, citando dados do analista Willy Woo, para cada dólar investido há um impacto de $ 6 visto no bitcoin (6x). Ou seja, caso os investidores institucionais já tivessem chegado, o preço do bitcoin hoje seria de U$ 57 mil cada.
No Brasil, com a cotação do dólar em R$ 5,23 nesta quarta (2), o bitcoin poderia valer quase R$ 300 mil.
@woonomic 's data shows a 6x impact for each dollar invested in $BTC. So $1 invested increases the BTC market cap by $6.
If these funds invest 1% in BTC, then price would be $57,000.
(and no one just invests 1%) https://t.co/vXqTRtxxce pic.twitter.com/s0YwIWG4a0— Mira Christanto (@asiahodl) December 2, 2020
A previsão de preço do bitcoin mostrada no estudo dos entusiastas, contudo, foi apenas uma simulação e não há garantias que a moeda alcance esse valor em breve. De qualquer forma, com a ampla adoção de governos e bilionários, o cenário não é impossível.