Restaurante faz promoção com Ethereum, mas acaba tendo que dar comida de graça

Quando finalmente fez o seu pedido e chegou a hora de pagar, ele falou sobre a promoção e que queria pagar em ETH, mas o caixa disse que "não fazia ideia do que diabos" o autor estava falando.

Recentemente a Chipotle, famosa rede mundial de fast food, decidiu embarcar na popularidade da atualização do Ethereum e criar uma promoção chamada Proof of Steak (Prova de Bife) – uma homenagem ao Proof of Stake do Ethereum. A promoção oferecia um desconto de 99,95% nos pagamentos com a moeda digital, o mesmo percentual de redução do consumo de energia da moeda ao mudar de algoritmo.

No entanto, um colunista do Fortune Crypto conseguiu transformar o desconto em 100% após a unidade do Chipotle onde ele testou o desconto não estar preparada para lidar com pagamentos em Ethereum de forma prática.

Propaganda do Chiptole sobre a promoção Proof of Stake. Fonte: Twitter.

Não demorou para aparecer pessoas que estavam aproveitando a promoção para conseguir comer comida mexicana por um precinho bem baixo (mesmo com alguns sugerindo que talvez não fosse uma ideia tão atrativa assim).

A dificuldade de aceitar pagamentos com criptomoedas

A promoção, claro, agradou muitos investidores e animou o Crypto Twitter, já que é um bom sinal de que o Ethereum está atingindo um público mainstream. Mas a teoria e a prática são sempre diferentes e o caso ajudou a mostrar que ainda há uma lacuna entre a animação dos investidores com as empresas.

Primeiro temos alguns problemas mais básicos, como o simples fato de que a promoção não funcionou tão bem como o planejado.

“A sua promoção Proof of Steak não funciona. Eu tenho fundos na minha carteira, apresentei o QR Code ao caixa e ele disse que não era válido. Eles também disseram que não sabiam da promoção.”

De acordo com a coluna da Fortune, esse obstáculo não foi um caso isolado, com o jornalista também enfrentando problemas para conseguir pagar pelo seu pedido.

Para facilitar as transações baseadas em ETH, a Chipotle fez parceria com a empresa de pagamentos digitais Flexa, fabricante de um aplicativo para Android e iPhone chamado SPEDN.

O site explica que, ao contrário de outras carteiras de criptomoedas, a SPEDN não permite que os usuários comprem criptomoedas usando uma conta bancária, só é possível depositar ETH transferindo de outra carteira.

“Então, abri meu aplicativo Coinbase e copiei o endereço, enviando $ 1,50 em ETH para o SPEDN (com uma taxa de rede adicional de 45 centavos, ou cerca de 30%).Com medo de segurar a fila, uma multidão faminta rosnando atrás de mim, comecei a fazer a transferência antes de sair – cerca de 15 minutos antes, ainda sentado em segurança no escritório da Fortune , o $ 1,50 apareceu na minha conta SPEDN. “, descreveu o autor do artigo.

Quando finalmente fez o seu pedido e chegou a hora de pagar, ele falou sobre a promoção e que queria pagar em ETH, mas o caixa disse que “não fazia ideia do que diabos” o autor estava falando.

“Com vergonha crescente, mostrei o tweet da Chipotle enquanto a fila atrás de mim aumentava. Ela ligou para seu gerente, que também não tinha ouvido falar da promoção, mas que teve a previsão de perceber que provavelmente havia um código QR dentro do aplicativo SPEDN.”

Comida saiu de graça

O autor do artigo tentou passar o seu código no sistema SPEDN, como o gerente sugeriu, mas a mensagem que apareceu foi que “o número do cartão inserido não corresponde a nenhum tipo de cartão configurado no sistema”. 

Ele então desistiu da tentativa de comprar com ETH e pegou o seu cartão de crédito. Com isso, o caixa, muito confuso a esse ponto, simplesmente falou para ele pegar a comida e sair, para dar andamento a fila.

Assim, temos uma ideia muito interessante de tornar o criptomercado mais acessível, mais mainstream e consequentemente maior. Mas há um grande desafio a ser combatido ainda, tanto em estrutura para fazer isso, quanto em treinamento para quem está na linha de frente do atendimento.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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