Um gerente da Prodest acredita que com a blockchain criada pelo Estado brasileiro, o setor público não precisa mais das criptomoedas para ter acesso às vantagens da tecnologia. Essa fala vem após o órgão do Espírito Santo aderir à Rede Blockchain Brasil.
O lançamento dessa aplicação ocorreu no final de maio de 2022, quando os participantes da inovação foram anunciados em uma cerimônia pública.
Essa criação segue com objetivo de eliminar fraudes em contratos públicos no Brasil, um problema grande de corrupção ainda presente no país.
Para efetivamente lançar a Rede Blockchain Brasil (RBB), foi feita uma parceria entre o Tribunal de Contas da União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Gerente da Prodest acredita quem a blockchain do Estado, o setor público não precisa mais recorrer às criptomoedas
Após o lançamento da solução RBB, vários órgãos do setor público brasileiro anunciaram sua adesão ao sistema. Um deles é o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest).
A solução brasileira é inspirada ainda na LACChain, uma rede permissionada para a América Latina. Ou seja, é um framework de blockchain privada, diferente daquelas públicas utilizadas pelas criptomoedas como o Bitcoin, por exemplo.
Para o gerente de Gestão da Informação do Prodest, Leandro Barbieri, a nova blockchain do Estado brasileiro ajuda o setor público a evitar as criptomoedas.
“Graças a essa rede, o setor público não precisará adquirir criptomoedas para utilizar as tecnologias associadas às redes de blockchain descentralizadas. Com a criação da Rede Blockchain Brasil, será possível desenvolver aplicações que oferecem transparência, rastreabilidade e ainda mais confiança na autenticidade das informações geradas pelo Estado.”
Qual a diferença de redes públicas e privadas?
O próprio GitHub da RBB explica que essa rede não tem o uso de criptomoedas em seu funcionamento. Assim, o propósito da rede é compartilhar informações entre os atores permitidos a participar do ecossistema privado.
Ou seja, não é possível que um órgão público utilize a RBB sem autorização do TCU, devendo assinar um ofício para ser parte do ecossistema.
Diferente dessa solução, as blockchains públicas como do bitcoin permitem que todos que queiram ter uma cópia e acesso aos dados possam baixar uma cópia. Além disso, é possível registrar informações com o pagamento de uma taxa, que podem ficar arquivadas para sempre, de forma imutável.
Por conta disso, as blockchains públicas se tornaram fundamentais no processo de registro de provas, com a justiça brasileira já reconhecendo o sistema como de grande segurança.