Com remessas caras, Índia pode ver adoção de Bitcoin

Segunda maior população do mundo poderá ver maior movimento em breve rumo às criptomoedas!

A adoção do Bitcoin (BTC) é um tema frequentemente discutido pela comunidade e há certamente uma grande curiosidade para descobrir qual será o primeiro país a desbravar esse novo território. Uma forte candidata ao título é a Índia, que detém a segunda maior população do mundo e pode ver o movimento de adoção ao Bitcoin para fugir de remessas caras.

Isso porque, a Índia detém a maior população de trabalhadores que moram fora do país. São estimados 17 milhões de indianos trabalhando fora do seu país natal. Cabe o destaque que estes trabalhadores ainda mantêm suas famílias mesmo a distâncias.

Ou seja, é necessário enviar o sustento mensal, remessas, para que seus entes queridos se mantenham com qualidade de vida. Ao utilizar o sistema bancário, praticamente são “assaltados com consentimento”, visto o alto valor pago em taxas.

Um estudo recente apontou que as remessas com criptomoedas deverão aumentar no país em breve.

Bitcoin é o dinheiro digital e sem fronteiras
Bitcoin é o dinheiro digital sem fronteiras

Adoção de Bitcoin pela população da Índia pode ser movimento natural para fugir de remessas caras

País que sofre com atrasos no desenvolvimento, aliado a uma gigantesca população, a Índia é um dos países que mais chamam atenção. Isso porque, os meios de pagamentos no país ainda carecem de avanços tecnológicos, prejudicando as transações feitas no cotidiano.

A moeda local, além disso, é um exemplo a não ser seguido, visto que sua desvalorização é enorme. Chamada de Rupia (INR), a divisa indiana é fraca para reservar valor, sendo altamente depreciada frente ao dólar.

Dessa forma, um estudo produzido pela corretora de criptomoedas OKEx e pelo Coinpaprika, analisou o ecossistema blockchain da Índia. O objetivo, de acordo com os coautores, é compartilhar a visão de um mercado com imenso potencial para adoção do Bitcoin: a Índia

O estudo atribuiu a força do desenvolvimento recente a três fatores, que são: muitos imigrantes, finanças e políticas governamentais. Recentemente, a Índia permitiu novamente que o Bitcoin fosse utilizado pela população.

A grande demanda de remessas da Índia favorece o uso das criptomoedas

Como a Índia é o país que possui mais trabalhadores vivendo fora do território, o primeiro grande uso para o Bitcoin no local é o de remessas. Como é uma moeda digital, o Bitcoin pode ser utilizado de qualquer lugar do mundo, eliminando intermediários e, por consequência, taxas de câmbio.

Gráfico dos países que mais possuem imigrantes, Índia é campeã com maior população fora
Gráfico dos países que mais possuem imigrantes, Índia é campeã com maior população fora – Reprodução/Coinpaprika

O estudo destacou ainda que os indianos possuem fortes vínculos familiares. Ou seja, a demanda por remessas no país é alta e tem sido a maior do mundo ao longo dos anos.

Cabe o destaque que até o ano passado as criptomoedas eram proibidas no local. Com isso a concorrência com bancos ficou difícil para empresas do mercado ligado ao Bitcoin. Contudo, a decisão de liberar o Bitcoin na Índia foi acatada na Suprema Corte, em março de 2020.

Apenas no ano de 2019, por exemplo, os indianos pagaram 5,67 bilhões de dólares em taxas de remessas. A cobrança abusiva feita pelos bancos é uma das maiores do mundo, considerando o valor da taxa média global.

O México, que é o segundo país com maior número de imigrantes, conheceu o Bitcoin e tem feito bom uso da tecnologia. Empresas como a Bitso já conseguiram 2% do mercado de remessas dos Estados Unidos para o México.

Com divisa fraca, necessidade por moeda forte é urgência na Índia

O estudo do Coinpaprika destacou que a população não se favorece do Bitcoin apenas com remessas. Em outro ponto fica claro que as pessoas do local precisam de uma moeda forte para suas transações corriqueiras, altamente dependentes do dólar.

Taj Mahal, símbolo da Índia
Taj Mahal, símbolo da Índia

O valor da rúpia indiana é instável e teve uma piora durante a pandemia do novo coronavírus. Frente ao dólar (USD), a rupia (INR) já depreciou mais que 6% em 2020. Ao mesmo tempo, o preço do Bitcoin ganhou mais que 28% em relação ao dólar.

Como a população depende em grande parte de dólar para pagar suas contas, observar com atenção o Bitcoin pode ser interessante, destacou o estudo. O volume de compra no país após março, quando saiu decisão de liberar as criptomoedas, cresceu em plataformas como a LocalBitcoins e Paxful.

Em resumo, a população indiana pode se beneficiar duplamente de um mergulho imediato no Bitcoin. A adoção do Bitcoin na Índia ainda depende de fatores políticos, que por hora, estão bem favoráveis, tornando o país atraente para um grande teste da moeda digital.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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