Com o mercado de criptomoedas em crise, várias corretoras de criptomoedas não estão conseguindo sobreviver à corrida de saques e desconfiança dos usuários.
O colapso da FTX, até então terceira maior do mundo por volume negociado, fez investidores correrem para tirar fundos de outras plataformas que podiam estar insolventes. Isso fez com que diversas empresas fossem desmascaradas, resultando na falência das mesmas.
Agora, mais uma corretora anunciou que encerrará suas atividades, dando quatro meses para que os usuários retirem seus fundos.
Em comunicado oficial, a corretora pediu desculpas a todos que usaram seus serviços e disse que a decisão foi tomada para o melhor interesse do ecossistema de blockchain LINE.
A empresa disse também que sua falência não tem relação com “problemas recentes relacionados a certas corretoras que foram acusadas de má conduta”, o que sugere que sua falência não tem relação com o fim da FTX.
Confira o comunicado:
“A corretora foi criada para permitir que os usuários armazenem e negociem livremente seus ativos digitais com segurança. E, desde o início, fizemos o nosso melhor para sermos líderes na indústria de blockchain.
No entanto, apesar de nossos esforços para superar os desafios neste setor em rápida evolução, infelizmente determinamos que precisamos encerrar a plataforma para continuar crescendo o ecossistema de blockchain LINE e a economia de token LINK.
Observe que esta decisão foi tomada para o melhor interesse do ecossistema blockchain LINE e não está relacionada a problemas recentes relacionados a certas corretoras que foram acusadas de má conduta.”
Dados dos usuários serão apagados
Chamada de Bitfront, a exchange de criptomoedas financiada pela LINE, a maior empresa de mídia social do leste da Ásia, decidiu encerrar suas operações. A empresa afirmou nesta segunda-feira (28) que já suspendeu cadastros de novos usuários e pagamentos com cartão de crédito.
A LINE é uma subsidiária da Z Holdings, que pertence ao conglomerado japonês SoftBank e à gigante de internet sul-coreana Naver.
A Line criou uma corretora de criptomoedas chamada Bitbox em Cingapura em julho de 2018, mas fechou a empresa em março de 2020 e criou a Bitfront nos Estados Unidos, onde não conseguiu ganhar participação e mercado.
Segundo comunicado, depósitos em cripto e USD, negociações e cancelamento de pedidos abertos serão suspensos em 30 de dezembro.
Os usuários podem sacar ativos até o dia 31 de março de 2023, quando a plataforma sairá do ar e as informações do usuário serão excluídas.
“Quando o período de retenção terminar, todas as informações pessoais serão excluídas de forma irreversível. Agradecemos sinceramente o seu apoio à BITFRONT. Iremos notificá-lo caso ocorram alterações adicionais.”