A GenBit é uma empresa de marketing multinível que acabou deixando milhares de pessoas no prejuízo, com o seu presidente e principais líderes sumindo com quase R$ 1 bilhão dos investidores que acreditaram nas promessas absurdas de ganhos.
A briga entre os clientes para receber dinheiro de volta contra o presidente da GenBit, Nivaldo Gonzaga, já corre há alguns meses. Esse é o caso de uma cliente do interior de São Paulo, que perdeu todo o dinheiro que havia economizado para garantir tranquilidade no futuro, incluindo o dinheiro recebido de seu falecido marido.
De acordo com o processo Nº 1000657-25.2020.8.26.0615, que conta até mesmo com tramitação prioritária. A costureira perdeu mais de R$27 mil reais ao investir na GenBit e não receber nem os lucros e nem o dinheiro raiz.
Os agravados no processo, que são a parte acionada pela cliente, incluem o nome de Nivaldo Gonzaga dos Santos, o presidente da GenBit, Gabriel Tomaz Barbosa, filho de Nivaldo e um dos líderes da empresa, José Newton Esteves Garcia, um dos sócios da empresa.
Também são citadas empresas que estavam ligadas ao esquema de alguma forma, como a Hdn Partipações S/A, I da Silva Assessoria Contábil, Gensa Serviços Digitais e Arbor Brasil Serviços de Gestão Financeira Ltda.
De acordo com um agravo de instrumento juntado ao processo (processo digital de Nº 2145472-03.2020.8.26.0000), a cliente está atualmente desempregada, dependendo da pensão do marido e com os R$ 27 mil bloqueados nas contas da GenBit.
“Atualmente encontra-se desempregada e alega que o valor desembolsado no investimento realizado junto aos agravados (R$ 27.000,00 vinte e sete mil reais) é fruto de anos de economia dos valores auferidos em sua profissão de costureira e dos valores recebidos por seu falecido marido na profissão de caminhoneiro.”
A cliente, que está em uma situação bem desesperadora, tenta na justiça a rescisão do contrato e a devolução do dinheiro mais correção. Ao todo, o total da ação é de R$ 50.850,63.
Cliente briga para conseguir gratuidade processual
Infelizmente para a cliente, o juiz negou inicialmente a gratuidade das custas processuais, dando 30 dias para o recolhimento das taxas para o pagamento dos honorários. Foi entrado com um recurso, com o agravo de instrumento citado no texto.
A costureira alega não ter condições financeiras para arcar com as custas do processo e, portanto, pediu que a decisão foi revista. Na atual decisão do magistrado Marcondes D’Angelo, que concedeu a liminar pleiteada para suspender os efeitos da decisão agravada, a agravada tem 10 dias para comprovar a falta de recursos financeiros.
Mesmo com essa decisão favorável, sabemos que dificilmente o dinheiro será devolvido tão cedo. Enquanto isso, a GenBit carrega a carcaça de seu esquema ponzi através do TPK, a criptomoeda fictícia sem valor que tentam emplacar em um novo golpe.
