Cotação da moeda do Afeganistão no pior nível com crise

População não tem nem acesso a moedas em espécie em bancos, após avanços do Talibã.

A cotação em Dólar da moeda nacional do Afeganistão está no seu pior nível da história com a crise instalada pelo retorno do Talibã ao poder.

Vale notar que a moeda fiduciária de um país tem seu valor definido apenas pela confiança da população no governo e no banco central que faz a sua emissão.

Mas com os avanços do Talibã, que chegou em Cabul nos últimos dias, o chefe do banco central do Afeganistão (DAB), Ajmal Ahmady, fugiu do país. Essa falta de governo e qualquer confiança na moeda local começa a ser um problema para a população, que nem consegue pegar “seu dinheiro” em bancos.

Cotação da moeda Afegane, do Afeganistão, está no seu pior nível após a volta do Talibã ao poder

A moeda Afegane (AFN), emitida pelo Banco Central do Afeganistão, está no seu pior nível em relação ao Dólar com a crise dos últimos dias. Com a volta do Talibã ao poder, a população corre para trocar suas moedas por moedas mais fortes, visto que a fiducia nacional deverá registrar uma extrema desvalorização com a situação indefinida na política do país.

De acordo com a Aljazeera, só na última terça-feira (17) a cotação da AFN despencou 4,6% no câmbio mundial, com cada dólar sendo equivalente a 86 moedas locais, sendo o pior registro dessa moeda na história.

Além do governador do Banco Central, o presidente do Afeganistão também fugiu do país, deixando a situação ainda mais delicada.

Nesta quarta-feira (18), Ajmal Ahmady fez mais previsões sobre a economia que não são nada animadoras. De acordo com ele, o Talibã deverá restringir o acesso ao Dólar, a moeda local deverá enfraquecer, a inflação irá disparar no país e os pobres irão sofrer mais.

“Portanto, meu caso básico seria o seguinte: Tesouro congela ativos; O Talibã deve implementar controles de capital e limitar o acesso ao dólar; A moeda vai desvalorizar; A inflação vai subir à medida que o repasse de moeda é muito alto; Isso vai prejudicar os pobres à medida que os preços dos alimentos aumentam”

Ele afirmou isso ao comentar que o Talibã venceu militarmente, mas agora terá que governar o país o que não é fácil. O governador do BC do Afeganistão ainda declarou que o grupo paramilitar que chegou ao poder só terá 0,2% da reserva de Dólar internacional a sua disposição, visto que o restante está em contas internacionais que foram congeladas por bancos.

Dessa forma, o agora ex-governador do BC deixa claro que não tinha as reservas do país em sua posse, mas sim em posse de terceiros.

Vale o destaque que os bancos já estão restringindo o acesso da população aos saques de dólares e até de Afegane, visto que há um receio com a chegada do Talibã. Assim, parte da população está sem acesso ao sistema financeiro, o que piora ainda mais a situação além do temor pela própria vida e liberdade individual de escolhas, que também são pontos de extremo risco no país.

Essa é uma crise que reforça a importância de colocar o dinheiro longe dos bancos e governos, afirma entusiasta do Bitcoin

Entusiasta do Bitcoin, Alex Gladstein fez uma análise da situação das famílias no Afeganistão, que estão desamparadas com a falta de ordem no país, que impossibilita até um simples saque de dinheiro em instituições bancárias.

De acordo com ele, se o dinheiro da sua família está no banco, então ele não é seu e a crise no Oriente Médio é apenas a última a reforçar isso.

“O seu dinheiro está no banco? Então não é seu. O Afeganistão é apenas a última crise para ilustrar o valor crítico de custodiar as economias de sua família.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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