Criptomoeda Mindexcoin dá calote de R$ 20 milhões no mercado brasileiro

Facilidade de se criar criptomoedas leva investidores a perder todo o investimento, cuidados devem ser redobrados ao buscar oportunidades de mercado com promessas descabidas.

A criptomoeda Mindexcoin, que teve alguns líderes no Brasil, é um possível golpe internacional de pirâmide financeira, de acordo com uma ação coletiva. Segundo o advogado que representa os clientes, a moeda não tem nenhum valor de mercado.

Os esquemas de pirâmides financeiras se aproveitaram nos últimos anos da imagem do mercado das criptomoedas. Como o Bitcoin, que é a principal moeda, registrou grande valorização desde sua criação, golpistas tentam apresentar inovações para novos investidores.

Além disso, outros golpes, como de pirâmide financeira, também criaram suas próprias criptomoedas. O mais famoso até hoje é o golpe da Bitconnect, que acabou virando um meme no mercado entre investidores pelas apresentações cantaroladas do líder do esquema.

Mindexcoin é suspeita de golpe em processo na justiça brasileira

Uma associação de 20 clientes de Apucarana (PR), lesados pelo possível golpe da Mindexcoin (MIC), ingressaram com uma ação na justiça brasileira. De acordo com o processo, eram oferecidos rendimentos de 3% ao mês para quem investisse na moeda.

Um empresário que acreditou no negócio teria vendido carro e até a empresa. Em conversa com o Jornal Meio Dia Paraná, de Londrina, ele afirmou que chegou a ganhar R$ 20 mil por mês, mas depois teria perdido R$ 300 mil no negócio.

Vários investidores também acreditaram na Mindexcoin, que é até listada no CoinMarketCap. Para comprar a criptomoeda, hoje sem valor de mercado, era necessário pagar com uma criptomoeda real, como o Bitcoin e Dash, e assim recebia o equivalente em MIC.

O advogado que representa os investidores, Doutor Fernando Barbosa, afirmou que a Mindexcoin não tem nenhum valor de mercado. Segundo as investigações, o golpe poderia ter causado um prejuízo de R$ 20 milhões no mercado brasileiro.

A Mindexcoin ainda teria atuação em mais de dez países, com o criador do possível esquema sendo um brasileiro. De acordo com dados da página da criptomoeda, ela foi registrada em 2017.

Outras criptomoedas internacionais que se mostraram golpes nos últimos anos foram a OneCoin e Bitconnect, que também lesaram inúmeros brasileiros.

Um delegado que comentou o caso pede que os investidores fiquem atentos as promessas com altos rendimentos de mercado, evitando comprar essas ideias, que se provam golpes com o tempo.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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