Criptomoeda pouco conhecida dispara após lançamento de ETFs de Ethereum

A ideia do projeto é fornecer domínios descentralizados, fazendo concorrência ao padrão DNS (sigla inglesa para Sistema de Nomes de Domínio). A tecnologia utilizada é a mesma dos NFTs, comumente associados com imagens.

O Ethereum Name Service (ENS), um sistema de domínios descentralizados, foi o projeto que mais valorizou nesta terça-feira (23) com o lançamento dos ETFs de Ethereum nos EUA, superando o próprio ETH.

Um dos motivos foi uma promoção do serviço feita pela Bitwise, gestora por trás do ETF chamado ETHW. Nas redes sociais, a empresa informou que estará utilizando cinco sub-domínios do “ethw.bitwise.eth” para que investidores confiram suas reservas e criem novas ferramentas.

“O Bitwise Ethereum ETF (ETHW) se tornou o primeiro ETP dos EUA a publicar seus endereços Ethereum e definir subdomínios ENS para cada endereço.”

“Esse é o tipo de transparência que só o criptomercado possibilita”, escreveu a gestora, destacando que isso permite que “pessoas construam facilmente painéis públicos ou escrevam contratos inteligentes que utilizem os registros ENS disponíveis”.

Ethereum Name Service (ENS) opera em alta

As principais criptomoedas do mercado operam quase estáticas nesta terça-feira (23), dia de lançamento dos ETFs de Ethereum nos EUA. Enquanto o Bitcoin cai 2,2% contra o dólar americano, o próprio Ethereum cai 0,85%.

Dentre as 100 maiores, o destaque fica para o Ethereum Name Service (ENS), que sobe 10,5% nas últimas 24 horas.

Ethereum Name Service é a criptomoeda que mais sobe no dia, saltando 10,5%. Fonte: CoinMarketCap.
Ethereum Name Service é a criptomoeda que mais sobe no dia, saltando 10,5%. Fonte: CoinMarketCap.

Em suma, a ideia do projeto é fornecer domínios descentralizados, fazendo concorrência ao padrão DNS (sigla inglesa para Sistema de Nomes de Domínio). A tecnologia utilizada é a mesma dos NFTs, comumente associados com imagens.

Além de serem usados para acessar sites, nomes como “vitalik.eth” também podem ser usados para receber transações de ETH e outros tokens de sua rede, facilitando transferências.

Dados da Santiment mostram um crescimento no número de endereços ativos nesta semana, sendo outro motivo que explica a alta de 10,5% da ENS.

ENS tem crescimento no número de endereços ativos após lançamento de ETFs de Ethereum. Fonte: Santiment.
ENS tem crescimento no número de endereços ativos após lançamento de ETFs de Ethereum. Fonte: Santiment.

Segundo dados da Dune Analytics, já existem mais de 2 milhões de endereços ENS ativos no momento desta redação. No ano passado, o projeto realizou um grande airdrop para seus usuários.

Estreia dos ETFs de Ethereum atendem expectativas

Em relação à estreia dos ETFs de Ethereum, os números atenderam as expectativas dos especialistas. Segundo James Seyffart, da Bloomberg, é possível que eles atinjam US$ 1 bilhão em volume de negociações até o fim do dia.

“Atualizando com dados até 13:30 e corrigindo fórmulas. Os ETFs de Ethereum estão a caminho de ficarem um pouco abaixo de US$ 1 bilhão em negociações — a caminho de atingir cerca de US$ 940 milhões com 2,5 horas restantes. US$ 932 milhões representariam 20% dos ETFs de BTC em seu primeiro dia. Os últimos 30 minutos de negociação serão importantes.”

Eric Balchunas, outro especialista da Bloomberg em ETFs, destacou que esse volume é gigante quando comparados a outros ETFs tradicionais. Como exemplo, citou que o MADE, ETF da BlackRock voltado a empresas americanas de manufatura, estreou na semana passada com apenas US$ 300 mil de volume.

“O ETHA [ETF de Ethereum da BlackRock] terá feito 100 vezes essa quantia em seus primeiros 30 minutos no mercado”, comentou Balchunas.

Por fim, vale notar que o maior volume fica para o ETHE, ETF da Grayscale. Isso porque o ETHE era um fundo antes de ser convertido em ETF e já possui 2.629.468 ETH em sua carteira, equivalentes a R$ 50,6 bilhões.

Ao que tudo indica, tal ETF deverá sangrar bastante, assim como aconteceu com o GBTC. Portanto, isso também explica o motivo do Ethereum não estar subindo em um dia tão importante para o projeto.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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