Até 2030, a demanda por moedas alternativas vai aumentar, e as moedas digitais, como o Bitcoin, vão substituir o dinheiro comum. Essa é a visão de futuro do Deutsche Bank, uma das maiores instituições financeiras do mundo.
No relatório intitulado de “Imagine 2030”, o estrategista do Deutsche Bank, que tem sede na Alemanha, Jim Reid pede conscientização sobre os desafios que o sistema fiduciário atual encontrou nos últimos anos, especificamente com o surgimento das criptomoedas.
Para ele, a crescente demanda das pessoas por meios de pagamento digitais (cartão de crédito e débito) e anônimos poderia levar mais e mais pessoas a usarem moedas digitais, como o Bitcoin, por exemplo.
O Deutsche Bank é o 17º maior banco do mundo, a instituição se rendeu as criptomoedas no relatório que foi feito como uma maneira de revelar a opinião da instituição sobre o futuro da sociedade.
“O atual sistema fiduciário parece “frágil”, principalmente por causa de ‘décadas de custos trabalhistas’ e inflação. Na próxima década, as coisas podem mudar e ‘a demanda por moedas alternativas, como ouro e criptomoedas, pode decolar”, diz o relatório.
“Os benefícios das criptomoedas como segurança, velocidade, taxas baixas de transação, facilidade de armazenamento e “relevância na era digital” podem ajudar a impulsionar a adoção em massa nos próximos anos”.
Desafios das criptomoedas para substituir o dinheiro
Para obter uma aceitação maior, as criptomoedas precisam superar alguns grandes desafios. Isso inclui a legitimidade percebida aos olhos de governos e reguladores, o que implica em estabilidade de preços e permite alcance global no mercado de pagamentos.
Segundo Reid, o estabelecimento de alianças e parcerias com as principais partes interessadas, como aplicativos de celular e operadoras de cartões de crédito, permitirá esse desenvolvimento.
Reid aponta também que, com a adoção convencional, novos desafios surgirão. Entre as principais estão as ameaças ao suposto novo sistema financeiro baseado em moeda digital, sendo dependência de eletricidade, ataques cibernéticos e uma guerra digital.
“Quando isso ocorrer, a linha entre criptomoedas, instituições financeiras e setores público e privado pode ficar confusa”, Diz Reid.
Outro motivo pelo qual as criptomoedas podem se tornar o “dinheiro do século 21” é a privacidade, de acordo com o relatório. “Quase dois terços dos consumidores preferem dinheiro digital a pagamentos em dinheiro e um terço está preocupado com a privacidade. Essas são as duas coisas que as criptomoedas fazem melhor.”
Previsão de 200 milhões de usuários de criptomoedas em 2030
A instituição argumenta que, na década de 1970, o dinheiro era sempre respaldado por mercadorias como ouro ou prata. Uma das coisas mais notáveis que aconteceram após a dependência de tais mercadorias foi que a inflação às vezes aumentava “drasticamente”.
Inflação poderia impulsionar a demanda por moedas alternativas. “As moedas fiduciárias sobreviverão ao dilema político que as autoridades enfrentarão ao tentar equilibrar rendimentos mais altos com níveis recordes de dívida? Essa é a pergunta multibilionária para a próxima década ”, disse Reid.
O relatório mostra a taxa de adoção das criptomoedas em relação a internet. O gráfico mostra as taxas de adoção das carteiras de criptomoedas com o equivalente ao número de usuários da internet. O gráfico mostra que as curvas são semelhantes após pequenos ajustes de escala. Se as tendências atuais continuarem, em 2030 haverão 200 milhões usuários de criptomoedas.