Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, está preocupado com conflitos geopolíticos e acredita que isso terá impacto na economia. Sendo um dos críticos mais famosos do Bitcoin, é difícil acreditar que ele veja a criptomoeda como uma proteção.
No entanto, um relatório publicado pela BlackRock na semana passada revela que o Bitcoin é justamente a melhor escolha nesse cenário.
No total, seis eventos foram analisados, incluindo guerra russo-ucraniana, crise bancária americana, pandemia global, eleições dos EUA, carry trade do iene e escalada dos conflitos entre EUA e Irã.
Após 10 dias após o início de cada evento, o Bitcoin saiu como vencedor frente a ações e ouro em 3 vezes das 6 vezes. Em 60 dias, o BTC aparece como o melhor desempenho em 5 das 5 oportunidades, ficando apenas o caso do iene em aberto por ser muito recente.
Jamie Dimon pode mudar de opinião sobre o Bitcoin?
Além de ataques vazios e sem sentido, como de que “Satoshi Nakamoto vai voltar a apagar todos os bitcoins”, Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, já chamou o Bitcoin de golpe e as criptomoedas de “pedras de estimação”. Ou seja, um grande crítico do setor.
No entanto, diversos executivos e políticos já tiveram uma visão crítica sobre a criptomoeda e mudaram de opinião. Dentre os exemplos está Michael Saylor, hoje maior posição de Bitcoin do mundo, Donald Trump, ex-presidente dos EUA, e até mesmo Larry Fink, CEO da BlackRock.
Portanto, existe uma esperança de que Dimon se arrependa de sua posição e “compre Bitcoin pelo preço que merece” após estudar a criptomoeda.
O gatilho para que isso aconteça pode ser a visão pessimista que o CEO do JP Morgan está tendo sobre o mundo. Suas frases abaixo foram ditas nesta terça-feira (24), em conversa com a CNBC.
“Minha preocupação é toda com a geopolítica, que pode determinar o estado da economia.”
“A geopolítica está piorando, não está melhorando. Há risco de acidentes no fornecimento de energia. Deus sabe se outros países se envolverão. Há muitas guerras acontecendo neste momento”, continuou o executivo.
Em outro trecho, Dimon pede para que os EUA se preparam para uma guerra prolongada entre Rússia e Ucrânia. Indo além, também prevê uma grande queda nos mercados, apontando que as previsões dos investidores está errada.
“Sou otimista a longo prazo, mas, no curto prazo, sou mais cético em relação às pessoas que dizem que tudo vai ser ótimo. Os mercados estão precificando as coisas como se tudo fosse ser ótimo. Coloque-me do lado cauteloso nesse quesito.”
Experiente, Dimon está no controle do JP Morgan desde 2006, antes mesmo do Bitcoin existir, e é uma voz respeitada no mercado. Tanto isso é verdade que Donald Trump está considerando colocá-lo como secretário do Tesouro dos EUA caso vença as eleições presidenciais marcadas para novembro.
Por fim, resta saber qual tamanho uma crise precisa ter para iluminar o caminho do executivo para o Bitcoin e fazê-lo mudar de ideia. Até então, os ótimos desempenhos da criptomoeda não foram suficientes para que ele fosse atrás de saber o mínimo sobre o projeto.