A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), promoveu um encontro no metaverso e disse que as criptomoedas seguem crescendo e apresentando desafios para o Estado em todo o mundo.
O encontro em ambiente digital pela autarquia federal aconteceu em parceria com o Sebrae-MG, no evento chamado “Metaversos e NFTs: o futuro da educação e das finanças“.
Para o futuro, é esperado que o ambiente de metaverso seja utilizado para iniciativas de educação financeira no Brasil, acompanhando as tendências de tecnologia. O ambiente ganhou notoriedade nos últimos meses após o Facebook alterar seu nome para Meta e declarar que deverá investir pesado no setor.
CVM entra no metaverso para campanhas educacionais e destaca os desafios com criptomoedas
A tecnologia do metaverso já é uma realidade há alguns anos, ainda que a exploração da tecnologia tenha caminhado discretamente. Impulsionada por big techs nos últimos meses, empresas e governos começam a traçar objetivos para não ficar atrasados com a inovação.
No Brasil, a mais nova a experimentar essa solução foi a CVM, que promoveu um encontro sobre criptomoedas no metaverso. A ação fez parte da 10.ª edição da Global Money Week (GMW), ocorrida entre 21 e 27 de março de 2022.
Para José Alexandre Vasco, Superintendente de Orientação a Investidores (SOI) da CVM, o metaverso já é colocado como pedra fundamental para a autarquia, inclusive no curto prazo.
“O CVMEducacional, canal de educação financeira da CVM, colocou sua pedra fundamental no Metaverso. A ideia é que, em um curto prazo, tenham eventos periódicos no Metaverso, e, no médio prazo, também seja desenvolvido um ambiente educacional do CVMEducacional.”
José ainda destacou no encontro da CVM as 5 tendências no cenário pós-pandemia, da qual uma delas é o crescimento das criptomoedas, levando novos desafios ao Estado em todo mundo. Segundo ele, esse setor foi impulsionado por jovens imersos em redes sociais e adeptos de inovação.
Blockchain e metaverso estão ligados
Na sua explicação sobre metaverso, José destacou que a tecnologia blockchain e o metaverso estão ligadas. Ele lembrou que a CVM já autorizou até o funcionamento de ETFs que negociam criptomoedas ligadas ao metaverso, ou seja, isso já é uma realidade na autarquia.
No entanto, José destacou haver riscos para investidores interessados em interagir com o setor de criptomoedas, destacando a falta de regulamentação sobre o assunto ao nível internacional. Para o SOI da CVM, esquemas de pirâmides também cresceram, inclusive com uso das criptomoedas como supostas justificativas atreladas a rendimentos fáceis.
O Gerente do SEBRAE-MG Alessandro Chaves destacou que o evento no metaverso foi importante para consolidar a parceria com a CVM e, além disso, apresentar oportunidades de potencializar o aprendizado de jovens em educação financeira.