Dona do maior fundo de bitcoin do mercado enfrenta crise e faz demissão em massa

Desde 1º de janeiro, o Bitcoin valorizou 38,7%, puxando outras criptomoedas consigo. No entanto, isso não foi suficiente para tranquilizar gigantes da indústria, que segue demitindo como se o inverno cripto não tivesse acabado.

Enquanto uma de suas subsidiárias declarou falência na semana passada, outra corretora ligada ao Digital Currency Group (DCG) está demitindo 35% de seus funcionários, dando mais sinais que a crise ainda ronda o império de Barry Silbert.

Hoje foi a vez da Luno. Fundada em 2013, a corretora afirma que possui mais de 9 milhões de clientes em 43 países. No entanto, isso não foi suficiente para a empresa aguentar a pressão do mercado.

Através do LinkedIn da corretora, é possível ver que a empresa possui entre 600 e 962 funcionários. Portanto, podemos estimar que a Luno demitiu entre 210 a 335 pessoas nesta quarta-feira (25).

Demissão em massa da corretora Luno

Com escritórios em seis países, nenhuma região foi poupada da demissão da Luno, outra subsidiária do gigante Digital Currency Group (DCG) que parece estar com problemas financeiros.

Em comunicado, a empresa afirmou que “não ficou imune a turbulência” do mercado, o que afetou seu “crescimento geral e números de receita.” No entanto, afirmou a mídia internacional que suas operações continuam normalizadas, ou seja, sem risco de quebra.

“2022 foi um ano incrivelmente difícil para a indústria de tecnologia em geral e, em particular, para o mercado de criptomoedas.”

A grande preocupação é a sua ligação com o DCG. Afinal, duas de suas maiores subsidiárias também estão com problemas.

Enquanto a Genesis declarou falência na semana passada, a Grayscale segue falhando em converter o fundo GBTC em um ETF. Outra que parece estar com problemas é o CoinDesk, já buscando soluções para sobreviver enquanto a primavera cripto não se transforma em verão.

Quanto a DCG, a própria gigante já suspendeu dividendos, ameaçando quebrar. Portanto, o mercado deve estar atento a sinais como as demissões em massa da Luno.

Alta do Bitcoin não gerou tranquilidade para empresas

Desde 1º de janeiro, o Bitcoin valorizou 38,7%, puxando outras criptomoedas consigo. No entanto, isso não foi suficiente para tranquilizar gigantes da indústria, que segue demitindo como se o inverno cripto não tivesse acabado.

Além da Luno, outra corretora que precisou cortar seu número de funcionários foi a Gemini. Em anúncio publicado nesta semana, a corretora dos gêmeos do Facebook demitiu 10% de seus funcionários, sendo mais uma demissão em massa da mesma nos últimos meses.

No total, estima-se que a indústria de criptomoedas demitiu mais de 10.000 funcionários entre 2022 e 2023, seja para cortar gastos desnecessários ou por motivos piores, como insolvência. Portanto, o Bitcoin subiu bastante, mas o efeito dominó ainda continua assombrando empreendedores do setor.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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