Um grupo de juízes e desembargadores federais do Brasil estudaram na última semana sobre técnicas de apreensão de criptomoedas com especialistas dos Estados Unidos, que vieram ao país.
Promovido pela Escola de Magistrados da 3.ª Região, o curso “Treinamento em apreensão de criptomoedas para desembargadores e juízes“, o encontro ocorreu em duas datas. Com início de 7, o evento finalizou no dia 8 de novembro, com carga horária de sete horas.
Essa capacitação é mais uma que ocorre no Brasil no último ano entre autoridades brasileiras e norte-americanas. Nos EUA, vale lembrar, muitas operações contra golpes restaram deflagradas nos últimos anos.
Desembargadores do Brasil estudam sobre apreensão de criptomoedas com especialistas dos EUA
Juízes e desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região se capacitaram em criptomoedas. Esse tribunal atende as regiões de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
De acordo com Assessoria do TRF3, as palestras contaram com a participação de vários especialistas sobre o tema. Um deles é o desembargador federal Fausto De Sanctis.
Além disso, representando os Estados Unidos, estão os especialistas, juíza federal Virgínia M. Covington (Estado da Flórida), a advogada Julia Jarrett (Departamento de Justiça), os agentes especiais Michael Wheeler e Eric Yingling e, por fim, o assessor internacional para Crimes Cibernéticos e Propriedade Intelectual, Om Kakani.
A advogada Julia Jarrett apresentou para os magistrados brasileiros os conceitos introdutórios das criptomoedas.
Já o agente Michael Wheeler apresentou sobre como funcionam as corretoras de criptomoedas e seus processos de KYC e AML.
No dia 8, o agente Eric Yingling mostrou os conceitos básicos de rastreio de blockchain para localizar criptomoedas.
Por outro lado, a juíza Virgínia Covington mostrou aos brasileiros como são as melhores práticas internacionais para se rastrear criptomoedas. Ela participou ainda do encerramento do evento, que mostrou sobre como analisar evidências digitais e como acionar órgãos internacionais para cooperação em investigações envolvendo criptomoedas.
Desembargador brasileiro elogiou apresentação de norte-americanos
Também palestrante no evento, o desembargador Fausto De Sanctis elogiou o conhecimento apresentado pelos norte-americanos que vieram ao Brasil.
“Os norte-americanos possuem uma expertise, com cerca de mil agentes atuando nessa área e o contato com juízes e autoridades pode viabilizar futuras cooperações internacionais.”
O curso foi viabilizado pelo Consulado dos EUA em São Paulo, que acionou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para promover a capacitação. O evento ocorreu apenas em modalidade presencial, fechado aos participantes.