Desenvolvedores pedem que comunidade pare de procurar por Satoshi Nakamoto

“Vocês precisam parar de especular sobre quem é Satoshi”, comentou Jack Mallers, CEO da Strike. “É infantil […] e extremamente perigoso.”

Além de uma teoria apontar que o nome Satoshi Nakamoto seria um código para Hal Finney quando escrito em japonês, e-mails inéditos do criador do Bitcoin também viraram notícias nas últimas semanas. Isso foi o suficiente para reacender a motivação da comunidade em saber quem é a figura misteriosa por trás do Bitcoin.

No entanto, desenvolvedores estão preocupados com essa busca. Nas redes sociais, eles argumentam que isso coloca diversas pessoas em risco.

“Vocês precisam parar de especular sobre quem é Satoshi”, comentou Jack Mallers, CEO da Strike. “É infantil […] e extremamente perigoso.”

Afinal, estudos apontam que Satoshi Nakamoto minerou cerca de 1,1 milhão de bitcoins durante seu período de atividade, nunca tendo vendido suas moedas. Com o Bitcoin cotado a US$ 57.000, a fortuna está avaliada em US$ 62 bilhões (R$ 311 bilhões).

Continuando, Mallers aponta que seus pais tiveram o prazer de conhecer Fran Finney, esposa de Hal Finney. “É assustador a quantidade de coisas que ela teve que passar, até mesmo antes disso”, comentou o desenvolvedor.

“É muito perigoso colocar alguém nessa posição de ser o criador do Bitcoin e potencialmente o primeiro trilionário do mundo. Essa pessoa deu um presente ao mundo e a única coisa que quiz foi manter seu anonimato.”

Como exemplo, em 2014, quando Hal ainda estava vivo, sua casa chegou a ser invadida pela SWAT como uma forma de trote por uma pessoa que estava extorquindo sua família.

Outros desenvolvedores estão preocupados com o próprio Bitcoin

Além da integridade física de potenciais nomes e suas famílias, outros desenvolvedores alertam que os e-mails de Satoshi Nakamoto não devem ser considerados na hora de olharmos para o Bitcoin como ele é hoje.

“Muitos estão entusiasmados com os novos e-mails de Satoshi recém-lançados”, comentou o desenvolvedor Jameson Lopp. “É ótimo ter mais dessa história arquivada.”

“Mas aconselho as pessoas a não se esforçarem muito na interpretação das palavras de Satoshi. Mesmo Satoshi não entendia completamente o Bitcoin, nem tinha a visão retrospectiva que temos hoje.”

Em seus e-mails trocados com Martii “Sirius” Malmi entre 2009 e 2010, o criador do Bitcoin aborda vários pontos de seu projeto que viriam a ser polêmicos anos depois.

Como exemplo, tamanho dos blocos, a nomenclatura “criptomoeda”, chamar o Bitcoin de “investimento” e o consumo de energia pela mineração.

Já outras mensagens apontam que Nakamoto estudou a Ripple antes de criar o Bitcoin e também mostrou-se interessado no BitDNS, que mais tarde foi transformada na segunda criptomoeda do mercado, a Namecoin (NMC). Ou seja, um pouco distante do maximalismo atual de alguns investidores e desenvolvedores.

Por fim, quem quer que seja Satoshi Nakamoto, essa pessoa (ou grupo) conseguiu guardar um grande segredo que já dura 15 anos. Algo tão incrível quanto a própria criação do Bitcoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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