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Veja o que disse o diretor do Nubank sobre criptomoedas

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Em evento sobre Real digital, o diretor do Nubank Bruno Magrani disse que as criptomoedas se popularizaram como opção financeira.

A fala de Bruno ainda destacou outros aspectos que podem ajudar o Banco Central do Brasil em seu lançamento sobre o Real digital, planejado para os próximos anos.

O quinto evento sobre o Real digital promovido pelo BCB contou ainda com a presença de Márcio Garcia (USP) e Leandro Vilain (Febraban).

Diretor do Nubank destacou aspectos das criptomoedas que Bacen não pode ignorar ao lançar Real digital

Vários bancos centrais pelo mundo esperam lançar suas moedas digitais em breve, sendo o do Brasil um deles, com o projeto de CBDC Real digital.

Em estágio de discussão com a população brasileira, a autarquia ouviu nesta terça-feira (19) o Diretor de Relações Institucionais do Nubank, Bruno Magrani. De acordo com ele, que é mestre em regulação de tecnologia, as criptomoedas têm desempenhado mudanças nas finanças.

“Estamos presenciando com toda ação ao redor de criptoativos um momento que parece muito importante, não só do ponto de vista da tecnologia, mas também das finanças. Conversando com pessoas, a impressão que nos dá sobre o momento que nós vivemos com inovações em criptoativos é que estamos novamente em 1999, nos idos de 2000, em que a gente começou a ver a ascensão da internet comercial e consolidação dos primeiros modelos de negócios de empresas de tecnologia.”

De acordo com ele, uma das coisas que costuma observar é como a tecnologia é utilizada como força de inovação, como forma de “destruição criadora”, em que modelos de negócios não vingam, mas abrem espaço para outros se desenvolverem.

Para Bruno, o que pode causar um grande abalo no sistema financeiro tradicional é o setor de DeFi, das finanças descentralizadas. Em sua visão, caso os bancos não se reinventem, terão problemas no futuro.

“O que a gente está olhando em criptos de maneira geral pode ser um destes momentos. A pergunta que fica é: o que significa para nós que estamos no setor financeiro? Será que o DeFi vai ser essa onda de destruição criadora que vai afetar o sistema bancário? Ou será que o sistema financeiro tradicional vai poder absorver essa onda de inovações e se reinventar para continuar se mantendo com papel relevante?”

Vale lembrar que o Nubank deixa o dinheiro dos clientes na plataforma, com a proposta de rendimento na própria conta. Ou seja, o DeFi já é de certa forma um grande concorrente ao negócio dessa fintech.

Banco Central tem oportunidade única de não ignorar finanças descentralizadas

Para o diretor do Nubank, o PIX já trouxe facilidades para transações da população, funcionando como um bom meio de pagamento. Mas como investimento, essa tecnologia não ajudou muito os brasileiros.

Assim, Bruno destacou que os clientes procuram hoje também render seu dinheiro, com o Real digital devendo focar nesse aspecto para inovações no futuro. Ele lembra que dar 100% do CDI aos clientes do Nubank foi importante para aumentar a base de usuários, mas isso não deverá ser relevante no longo prazo.

Na visão do diretor do Nubank, o Real digital tem que buscar a interoperabilidade com plataformas de DeFi, visto que muitas pessoas têm recorrido às criptomoedas para obter acesso a outras opções financeiras descentralizadas e como investimentos.

Ele lembrou ainda que as stablecoins, criptomoedas lastreadas em alguma moeda fiduciária, também ficaram populares nos últimos anos e fazem a interface com as possibilidades do mundo das moedas digitais.

“Eu acho que o banco central tem aqui uma oportunidade única de não ignorar este movimento que tem acontecido das finanças descentralizadas, mas sim de se abrir e interoperar com esse mundo e levar para esse mundo regulações e garantias que são importantes para as pessoas que tem utilizado dessas tecnologias hoje em dia.”

Bruno Magrani lembrou que contratos inteligentes são muito importantes para inovações, assim como oráculos e garantias em blockchain. Mesmo reconhecendo que há problemas em lidar com as tecnologias no mercado, todas devem ser avaliadas pela autarquia brasileira.

Para ele, tudo que ele pensa de inovação para o futuro dependeria do BCB criar uma blockchain para isso, visto que com a infraestrutura atual ele julga não ser possível criar muitas novidades.

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Autor:
Gustavo Bertolucci