Após o cofundador do Ethereum despejar tokens Shiba Inu no mercado e promover uma doação bilionária, os recursos ainda não foram gastos. Segundo uma apuração do caso, é complicado transformar essas criptomoedas em dinheiro.
Uma das maiores polêmicas de 2021 envolvendo o mercado de criptomoedas certamente é a venda em massa de tokens Shiba Inu por Vitalik Buterin. Para muitos, o cofundador do Ethereum aplicou um golpe nos investidores, retirando a confiança do mercado, o que não é verdade, claro.
Vitalik agiu corretamente, visto que nunca concordou em receber tokens de projetos de cachorro e nem estava a bordo do projeto no momento de sua venda. De qualquer forma, essa venda em massa causou uma queda generalizada nos tokens Shiba Inu, levando os investidores a um enorme prejuízo.
Tudo isso aconteceu há cerca de dois meses, e com o dinheiro arrecadado, Vitalik Buterin enviou US$ 1 bilhão para uma empresa na Índia, para o combate à COVID-19.
Doação bilionária de cofundador do Ethereum só teve US$ 20 milhões gastos
Esse é um dinheiro que está envolto em muita polêmica, mas que pode acabar ajudando pessoas na Índia que convivem com a grave doença que assolou o mundo no último ano.
Para entender como vai à doação bilionária do cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, a Bloomberg conversou com o administrador destes fundos, Sandeep Nailwal. Na conversa, a reportagem buscou entender o que já foi feito com os recursos em criptomoedas recebidos.
No entanto, gastar esses recursos não têm sido uma tarefa fácil para Sandeep, que consegue efetuar a troca das moedas por dólar e só assim por rúpia, para então enviar a ajuda a quem precisa.
Vale notar que esse processo ainda deve atender as regulamentações de doações na Índia, fato que torna o processo de ajuda humanitária ainda mais oneroso e burocrático.
Além disso, o preço dos tokens recebidos pela ONG de Sandeep caíram, fazendo com que a doação nem seja mais bilionária. O administrador das doações estima que tem apenas US$ 400 milhões em sua posse hoje.
Da soma recebida, ele conseguiu gastar apenas US$ 20 milhões até o momento, uma quantia ínfima do que foi enviado no início. Em conversa com os jornalistas, Sandeep ainda declarou que está com mais US$ 20 milhões para gastar em breve.
Para evitar mais confusão com o uso dos recursos recebidos, o administrador da montanha de criptomoedas espera contratar uma firma de auditoria, para dar transparência ao processo de gastos. Além de mini-UTIs para casos graves de COVID-19, ONGs que cuidam de leitos também já receberam ajuda com a doação de Vitalik Buterin.
Em conversa com a Bloomberg, o indiano declarou que o país se prepara para a “terceira onda”.