O homem mais rico do mundo, Elon Musk criticou a alta inflação nos Estados Unidos após um internauta cobrar dele uma solução em relação à sua empresa Tesla. Nos últimos dias, o banco central dos EUA, o Fed, divulgou os dados medidos nos últimos meses.
Para surpresa de muitos investidores pelo mundo, chamou atenção um índice de inflação em 9,1% nos últimos 12 meses, após acelerar 1,3% em junho, o maior índice dos últimos anos.
Esse fenômeno desgasta o poder de compra da população que utiliza o Dólar, que se deprecia frente a outros produtos.
Em busca de proteção para sua empresa, Elon Musk fez a Tesla comprar Bitcoin em 2021, gastando para isso alguns bilhões de dólares. Segundo ele, essa ação seria uma forma de proteger o patrimônio da empresa com um bem intangível.
Sua outra empresa SpaceX também fez o mesmo movimento, com o bilionário revelando que ele também tinha Bitcoin, Ethereum e Dogecoin em seu patrimônio.
Contudo, mesmo com criptomoedas suas empresas sentem o efeito da inflação nos EUA, que segue apavorando os mercados e pressionando famílias.
Após uma publicação em seu Twitter, Elon Musk foi questionado por um jornalista especialista na cobertura de notícias de carros elétricos do DailyCar sobre o alto preço de um Tesla. O jornalista questionou se Musk pretende tomar providências para abaixar os custos após a pandemia ou a crise na logística.
No entanto, a resposta de Elon Musk surpreendeu, visto que ele colocou a culpa na inflação, não na pandemia.
“Se a inflação se acalmar, podemos baixar os preços dos carros.”
A crise nos Estados Unidos chamou atenção do Fundo Monetário Internacional (FMI), que emitiu nos últimos dias um estudo sobre o tema.
Em um artigo escrito por Andrew Hodge, economista do FMI, ele destaca que as ações do FED para controle da inflação já encareceram a hipoteca nos EUA, mas essa situação deve piorar ainda mais.
A expectativa é que o desemprego aumente nos próximos meses, o que em 2023 causará uma queda nos salários. Sobre os riscos, o economista do FMI acredita que fatores globais ainda devem afetar os EUA, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, pandemia e paralisações na China.
Mas caso a inflação dure muito tempo em alta, o FED deverá ter de tomar medidas mais duras e por períodos mais longos, destacou Hodge, o que reduziria o crescimento e aumentaria o desemprego.
“Os desenvolvimentos econômicos dos EUA serão impactados por fatores globais, como a guerra da Rússia com a Ucrânia, a pandemia em andamento e a possível recorrência de paralisações na China. Além disso, quanto mais tempo a inflação permanece alta, maior o risco de que as expectativas de inflação subam, o que então realimenta os salários e os preços. Nesse caso, o Fed precisaria tomar medidas mais fortes para reduzir a inflação, elevando as taxas de juros e mantendo-as mais altas por um período mais longo. Isso reduziria ainda mais o crescimento e levaria a um aumento do desemprego.”
O chinês CEO da Binance, CZ, discordou da avaliação do FED sobre sua inflação em 9,1%, visto que a base monetária dos EUA cresceu muito nos últimos anos.
Dessa forma, ele disse ser uma mágica a inflação estar em 9,1% e não em 500%, que seria o “valor certo” em sua opinião.
“Se você achava que a inflação deveria ser de 80%, também deveria estar errado. Se a matemática do nosso ensino fundamental fosse ensinada corretamente, deveríamos estar vendo 500% de inflação, não? 80% são novos = 5x do fornecimento original.”
Ou seja, pode demorar um tempo até que os carros da Tesla fiquem mais baratos, visto que Elon Musk acredita que esse cenário influencia o valor de seus veículos elétricos.
Comentários