O “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, teve uma reviravolta no caso em que é acusado de tentativa de homicídio.
Essa investigação foi conduzida pela 126.ª DP de Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob o comando do delegado Carlos Eduardo, que encontrou indícios de que Nilson Alves da Silva (Nilsinho) quase foi morto a mando de Glaidson. Em outubro de 2021, houve um pedido ao Ministério Público Estadual para que o líder da GAS fosse indiciado sobre este caso.
Em 20 de março de 2021, Nilsinho sofreu uma emboscada enquanto trafegava nas ruas de Cabo Frio, recebendo vários tiros a queima-roupa. Com graves ferimentos ele foi levado a um hospital e sobreviveu, mas agora é cego de um olho e não tem mais os movimentos das pernas.
Ele era um dos principais concorrentes de Glaidson na Região dos Lagos e tudo piorou quando ele disse que a PF iria prender o faraó, o que aconteceu de fato com a Operação Kryptos meses mais tarde.
Contudo, o MPRJ não havia encontrado provas nas investigações da PCRJ que davam a entender que Glaidson era o mandante. Aparentemente, isso agora mudou.
MPRJ agora aceita que Faraó dos Bitcoins mandou matar concorrente e Glaidson é indiciado por tentativa de homicídio
Em uma reviravolta do caso envolvendo o Faraó dos Bitcoins a tentativa de homicídio cometida contra “Nilsinho”, o MPRJ mandou indiciar Glaidson dos Santos e mais cinco pessoas na última terça-feira (14).
Segundo informações divulgadas pelo Rlagos, a polícia civil informou que Glaidson se viu ameaçado pelo concorrente, que estaria captando clientes da GAS Consultoria Bitcoin e causando um prejuízo milionário ao possível esquema de pirâmide, investigado pela Operação Kryptos.
Além disso, Nilsinho, que também era líder de outro negócio suspeito na cidade, teria dito que Glaidson seria preso, o que motivou o atentado como uma vingança. Para praticar o crime, Glaidson teria pedido a um homem de sua confiança para contratar os autores dos disparos, que fizeram o ato em março de 2021.
O homem apontado como contratante nega qualquer relação com o crime e se coloca a disposição da justiça para esclarecimentos. A GAS Consultoria também já se pronunciou negando qualquer envolvimento de Glaidson com o caso.
É importante destacar que dos homens que participaram do atentado contra Nilsinho, dois deles são acusados de estarem envolvidos com o assassinato do “Rei do Pullback”, Wesley Pessano, morto a tiros na Região dos Lagos quando trafegava em um veículo de luxo.
Ou seja, é possível que os atentados contra líderes de possíveis pirâmides concorrentes da GAS Consultoria tenha envolvimento de Glaidson, “guerra” que ganha agora mais um episódio que busca esclarecer de vez os fatos e responsabilizar os culpados. Segundo informações publicadas pelo G1, investigações da PF não descartam a criação de um grupo de extermínio em Cabo Frio.
