O Trump Media & Technology Group (NASDAQ: DJT), empresa do presidente americano Donald Trump, entrou oficialmente com um pedido de ETF de Bitcoin nesta quinta-feira (5).
Chamado “Truth Social Bitcoin ETF”, ainda sem símbolo de negociação definido, o fundo fará concorrência a outros ETFs já consagrados do setor, incluindo GBTC da Grayscale, FBTC da Fidelity e IBIT da BlackRock.
Atualmente os ETFs americanos detém mais de 1,2 milhão de Bitcoin (R$ 706 bilhões) e a maioria das gestoras cobra uma taxa anual de 0,25%. Portanto, suas receitas somadas ultrapassam a faixa de R$ 1,7 bilhão ao ano.
Após lançar stablecoin, Trump visa mercado de ETFs de Bitcoin
Donald Trump não apenas acelerou a adoção das criptomoedas nos EUA como também está se aproveitando dessa tendência. Como exemplo, a World Liberty Financial, outro projeto ligado ao presidente americano, lançou a stablecoin USD1 para competir com USDT da Tether e USDC da Circle.
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Já nesta quinta-feira (5), o Trump Media & Technology Group entrou com um pedido de ETF de Bitcoin. O documento oficial pode ser visto no site da SEC.
“O Truth Social Bitcoin ETF, B.T. (o “Fundo”) é um fundo empresarial de Nevada que emite participações beneficiárias (“Cotas”) em seus ativos líquidos. Os ativos do Fundo consistem principalmente em bitcoin mantido por um custodiante em nome do Fundo. O objetivo do Fundo é refletir, de forma geral, o desempenho do preço do bitcoin. O Fundo busca refletir esse desempenho antes do pagamento de suas despesas e responsabilidades.”
O nome do ETF segue o padrão da rede social “Truth Social”, criada por Trump em 2021 após ele ser banido do Twitter.
Embora esse banimento tenha sido removido, o presidente americano continua mais ativo em sua própria rede embora acumule um número 10x menor de seguidores no X.
Já o pedido de ETF contém uma apresentação semelhante aos textos de outras gestoras que já tiveram seus fundos aprovados pela SEC. Portanto, ele deve ser aprovado e lançado em breve.
ETFs continuam acumulando Bitcoin
Quando lançados, em janeiro de 2024, os ETFs americanos já detinham uma soma de 620 mil bitcoins. Isso porque o GBTC da Grayscale era um fundo privado anteriormente, sendo convertido para um ETF.
Agora esses fundos são responsáveis por 1,2 milhão de moedas sob custódia, dobrando a quantia inicial. Somado a isso, é valido lembrar que o Bitcoin valorizou 122% neste período, portanto, o crescimento mais que quadruplicou quando medido em dólar.
O grande destaque fica para a BlackRock (em verde no gráfico acima) que rapidamente fez o IBIT se tornar o maior ETF de Bitcoin do mundo e hoje é responsável por metade desse mercado.
Conforme a empresa de Donald Trump não tem muita relevância neste setor, é difícil imaginar que ela alcance os números da Grayscale, Fidelity e tampouco da BlackRock.
Independente disso, o grupo de Trump deve competir com gestoras menores e ainda assim obter um bom lucro com essa nova operação.