Empresas correm para lucrar com stablecoins

As stablecoins foram criadas para facilitar a negociação de Bitcoin e outras criptomoedas, sendo esse o principal caso de uso delas até hoje. No entanto, há um grande potencial para que elas sejam usadas em outros mercados.

Como exemplo, elas podem servir como uma proteção para pessoas que moram em países afetados pela inflação, como acontece na Argentina. Além disso, também são uma alternativa digital enquanto países não lançam suas CBDCs, permitindo transações transfronteiriças de forma rápida e barata.

Por fim, ainda que não tenham ganho tanta popularidade fora do mundo cripto, elas também podem ser usadas no varejo como concorrente a sistemas tradicionais de cartão e outros métodos de pagamento.

Empresas veem oportunidade no setor de stablecoins

Quando se fala em stablecoins, a Tether (USDT) é referência. Além de dominar o volume de negociações em corretoras, ultrapassando até mesmo o Bitcoin e Ethereum, somados, o valor de mercado de US$ 118 bilhões mostra que seu posto de n.º1 está muito seguro.

Mesmo sem oferecer perigo, outras empresas estão tentando pegar uma parte desse mercado.

Independente da premissa de uso, o foco delas está no lucro. O motivo são os ótimos rendimentos dos títulos do Tesouro americano nos últimos anos, um investimento considerado um dos mais seguros do mundo.

No começo de 2023, por exemplo, a Tether revelou um lucro de R$ 3,6 bilhões num único trimestre ao deixar boa parte do lastro de sua stablecoin nesses títulos. Os bons resultados seguiram nos trimestres seguintes. Outro dado que chama atenção é o número de funcionários — menos de 50, segundo LinkedIn da Tether — mostrando ser uma operação enxuta.

Além de conhecidas no mercado de criptomoedas, como a Circle, responsável pelo USDC, empresas tradicionais também começaram a enxergar as oportunidades do setor.

Uma das primeiras foi o PayPal, que lançou a stablecoin PYUSD há pouco mais de um ano. Hoje seu valor de mercado já ultrapassou a faixa de US$ 1 bilhão.

No mês passado foi a vez do Mercado Livre se juntar a esse grupo com a apresentação do Meli Dólar. Anteriormente era possível encontrar apenas o Pax Dollar (USDP) no aplicativo do Mercado Pago.

Dado a força que PayPal e Mercado Livre tem no comércio, é possível que essas soluções fujam do uso no mercado de criptomoedas e tenham um foco maior em outras áreas.

Por fim, até mesmo governos estão explorando essa indústria. O estado americano de Wyoming, por exemplo, lançou o WYST [Wyoming Stable Token] recentemente, visando usar os lucros em benefício da população.

Embora a maioria das stablecoins faça paridade com o dólar americano, algumas empresas já estão emitindo stablecoins lastreadas em ouro, euro, yuan e outras moedas, sendo mais uma evolução do setor.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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