Escassez do Bitcoin e ótimo histórico de desempenho atraíram diversas empresas
Empresas públicas atingiram a marca de 1 milhão de bitcoins em seus caixas pela primeira vez na história nesta quinta-feira (4). A quantia é equivalente a US$ 109,8 bilhões/R$ 600 bilhões e representa cerca de 4,76% da oferta total de 21 milhões de bitcoins.
Como comparação, os ETFs de Bitcoin superaram essa marca em novembro de 2024. Hoje, dez meses depois, esses fundos mantêm cerca de 1,3 milhão de bitcoins em suas carteiras.
Esses dois grupos são os principais responsáveis pela alta do Bitcoin no último ciclo devido a essa massiva pressão compradora.
A maioria das empresas públicas está seguindo uma estratégia de “buy & hold”, ou seja, não estão comprando para vender por um preço mais alto. Portanto, isso explica a importância desses aportes.
Nesta semana, diversas empresas relataram novas compras.
Como exemplo, a Metaplanet adquiriu 1.009 bitcoins e atingiu a marca de 20.000 moedas em caixa. Mais tarde, a Strategy comprou 4.048 bitcoins por US$ 449,3 milhões, enquanto a brasileira Méliuz fez um aporte de 9,01 bitcoins nesta quinta-feira (4), superando a faixa de 600 bitcoins.
Com essas novas compras, dados do Bitcoin Treasuries mostram que empresas públicas alcançaram a marca de 1 milhão de bitcoins.
Como pode ser observado, Strategy detém 63,6% dessas moedas, seguindo pela MARA Holdings com 5%, Twenty One Capital com 4,3% e Bitcoin Standard Treasury Company com 3%. Bullish fecha o top 5 com 2,4% desse 1 milhão de moedas.
Mike McGlone, estrategista da Bloomberg, alertou seus seguidores que o Bitcoin pode cair para US$ 10.000 em breve. Isso seria uma queda de 90%.
Questionado sobre o risco para essas empresas que estão criando reservas em Bitcoin, McGlone se mostrou preocupado com essa exposição, principalmente por companhias que estão tomando empréstimos para realizar novos aportes.
“Uma coisa é que o risco sistemático do Bitcoin é como nada que eu já tenha visto.”
“Eu acredito que ele faça o que sempre fez na história, tendo uma queda normal de 50%, talvez 60%, talvez 70% ou até mais”, comentou McGlone em conversa com David Lin. “E agora você vê um exemplo de quão extremo isso é. Mas essas duas palavras, Bitcoin e Tesouraria, na mesma frase são um completo oximoro.”
Para o analista, muitas dessas empresas serão “stoppadas” e então será a hora que investidores aproveitarão a queda para comprar.
Embora tenha elogiado Michael Saylor por iniciar essa estratégia, McGlone apontou que o executivo agora está “brincando com os deuses do mercado” ao continuar perseguindo lucros tão altos quanto já obteve.
“Acho que vou olhar para a história e escrever no meu livro: este é um exemplo de bolha no auge”, finalizou.
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