Uma especialista brasileira em finanças pessoais fez um alerta contra as chamadas pirâmides financeiras. De acordo com Patrícia Lages, autora do best-seller Bolsa Blindada, o assunto tem crescido nos últimos anos.
Na edição do JR Dinheiro, no Jornal da Record nos últimos dias, Patrícia apresentou vários dados sobre as pirâmides. A Comissão de Valores Mobiliários tem observado de perto assunto, assim como as chamadas mandalas da prosperidade.
Ambas as modalidades de “investimento” têm causado prejuízos aos brasileiros. Para a especialista, há padrões claros nos golpes, mas os desavisados continuam caindo neles.
Especialista brasileira alerta contra pirâmides financeiras e mandalas, golpes que crescem nos últimos anos e na pandemia
Na edição do Jr Dinheiro nos últimos dias, o Jornal da Record comentou sobre um problema em alta no Brasil. Com o avanço das pirâmides financeiras no país, a CVM tem estado alerta para os casos.
Isso porque, apenas no ano de 2019, 371 casos de pirâmides financeiras foram registrados na autarquia. Para comparação, em 2018 a marca foi de 124 casos, ou seja, houve um aumento exponencial nos últimos anos de golpes financeiros.
Contudo, em 2020, mesmo com a pandemia, o número continua crescendo, e pode até registrar um novo recorde, apontou Patrícia Lages. A especialista brasileira em finanças pessoais apresentou os dados sobre pirâmides, e alertou investidores dos riscos desses esquemas.
Normalmente, o padrão é oferecer rendimentos altos, mas que não se sustentam por muito tempo. Patrícia também comentou em sua coluna no Portal R7 que os “golpes de pirâmide, por incrível que pareça, ainda funcionam“.
A especialista alertou também contra as mandalas de prosperidade, que atacam mais as mulheres. Se passando por ajudas mútuas, tudo não passaria de um golpe, que promete ajudar mulheres a conseguir independência financeira, mas poucas são realmente beneficiadas.
Várias pirâmides têm mirado o mercado de criptomoedas
O cuidado com pirâmides também deve ser tomado por quem pretende investir no mercado de criptomoedas. Isso porque, com o Bitcoin atravessando uma grande valorização nos últimos anos, vários golpes usaram sua imagem.
Seja “robôs de investimentos” ou “traders especializados”, o método é semelhante: retorno garantido por um período. Alguns esquemas, como a Unick Forex, encerrada em 2019 pela Polícia Federal, prometiam 30% de lucros ao mês. Quem acreditou no esquema até hoje não conseguiu recuperar seu investimento.
No último Domingo Espetacular, o programa também mostrou o caso da empresa Midas Trend. A empresa, que é suspeita de operar um esquema de pirâmide, tem atrasado saques de clientes. Para captar clientes, a empresa usou a imagem do Bitcoin no possível golpe, que é investigado pelo Ministério Público atualmente.
De acordo com Patrícia Lages, a atuação das pirâmides atua muito no psicológico das pessoas. Para evitar cair nos golpes, a especialista brasileira pede que as pessoas tenham consciência e parem de acreditar em prêmios fáceis.
“Vivemos em uma sociedade adoecida, depressiva, carente de confiança, que enaltece as emoções e procura, a todo custo, fugir da realidade. A impressão que se tem é que a cada dia aumenta o número de pessoas que evita raciocinar, tentando construir para si um mundo de fantasia”, apontou Patrícia no R7