Nesta terça-feira (02), o Ethereum (ETH) atingiu um novo pico preço, 4.636,42 dólares (R$ 26.335), bem como está apresentando recordes em outras métricas, como hashrate e ethers queimados por dia.
Apesar de estar perdendo espaço para concorrentes que permitem transações mais baratas, o projeto conseguiu reverter esta situação com a introdução do EIP-1559, que visa queimar as taxas da rede, reduzindo a oferta.
Outras atualizações, como a Altair, também atraíram especuladores otimistas com o progresso da migração do protocolo para Proof-of-Stake, uma tentativa de melhorar seu desempenho.
Transformando seu ponto fraco em seu ponto forte
Sem duvidas o ponto mais fraco do Ethereum, em relação a seus concorrentes, são as altas taxas de transação. Segundo o Etherscan, no momento desta redação, uma simples transferência de ether está custando o equivalente a 93 reais, taxas de transação de tokens ERC20 estão ainda mais caras, R$ 286, além de estar custando 880 reais para fazer uma negociação usando a Uniswap.
Apesar disso, este, que poderia ser um desincentivo para investidores, está sendo de grande ajuda para o preço do Ethereum. Quase 750 mil ethers já foram queimados desde a implementação do EIP-1559, há três meses atrás, este montante representa 19,4 bilhões de reais.
Para efeitos comparativos, a MicroStrategy comprou, em dólar, cerca de 18 bilhões de reais em BTC. Ou seja, até o momento, esta queima é equivalente as compras de bitcoin de Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, pressionando o preço da moeda a subir.
Nesta semana, o Ethereum também registrou outro recorde, conseguiu passar 7 dias queimando mais ether do que emitindo. Isso tudo foi de grande ajuda para que o Ethereum ultrapassasse a marca de 26 mil reais por unidade nesta terça-feira.
Hashrate também está no topo
Conforme o preço da moeda sobe, mais mineradores são incentivados a participar da segurança da rede. Hoje uma NVIDIA 3070 está rendendo cerca de 800 reais limpos por mês, placa que custava entre 5 a 10 mil reais antes do lançamento dos modelos LHR, que possuem limitação de performance de mineração.
Com isso, assim como o preço, o hashrate do Ethereum também está em sua máxima histórica, 813 PB/s, um aumento de 70% desde a última queda relacionada ao banimento da mineração na China.
Mesmo com tantas taxas de transação queimadas e aumento da concorrência, os mineradores estão ganhando mais do que nunca. Segundo dados do The Block, os mineradores estão ganhando 106 dólares por TH/s, em uma média semanal.
Ethereum 2.0
Outro grande apelo atual do Ethereum é a sua migração para Proof-of-Stake, permitindo que ele suporte mais transações por segundo e por consequência diminua as taxas de transação que atualmente são inviáveis para a maioria das pessoas.
Na semana passada, mais uma etapa com concluída na rede, a atualização Altair. Deixando especuladores animados com a possível chegada do ETH 2.0 ainda no primeiro trimestre de 2022.
Com isso, o Ethereum poderá tomar de volta usuários e projetos que migraram para outras blockchains, como Binance Smart Chain (BSC/BNB) e Solana (SOL). Esta última que também está apresentando grandes retornos, sendo a principal moeda do ano, atualmente sendo a quinta maior criptomoeda do mundo.
Por fim, o próximo alvo do Ethereum é a marca dos 5.000 dólares. Todavia é válido lembrar que próximas atualizações da rede, como a última citada, podem já estar precificadas.