Os últimos anos certamente foram promissores ao desenvolvimento das criptomoedas, chamando atenção dos governos. Pesquisadores dos EUA estão interessados no uso das criptomoedas na economia local.
Com a China observando de perto as criptomoedas, um projeto do Banco Popular da China (BC chinês), está próximo do lançamento. Esperado em 2019, o lançamento do chamado Yuan Digital foi postergado, com alguns rumores acreditando que 2020 deverá ser o ano finalmente.
Ao ver seu principal concorrente comercial indo atrás de projetos digitais de moedas, começou a circular nos EUA a ideia de um dólar digital. Uma iniciativa do governo, contudo, chamou atenção para um avanço na área, mostrando que os EUA já querem uma fundamentação teórica comprovando a funcionalidade e segurança das criptomoedas.
Estados Unidos observam o uso das criptomoedas na economia, nova pesquisa deverá clarear entendimento sobre o assunto
Atualmente, é função do estado criar e manter a emissão de moeda fiduciária, na chamada economia monetária, na maior parte dos países. De fato, para manter esse setor funcionando, foram criados os chamados bancos centrais, que são responsáveis pela emissão de moeda na economia de um país, agindo de acordo com a demanda do governo, nas chamadas políticas monetárias.
Nos EUA, alguns parlamentares se reuniram na última semana para conversar sobre moedas digitais. Além disso, desde 2019, vários entes públicos nos EUA já falam de um conceito ligado ao dólar digital, muito antes da pandemia do novo coronavírus. Contudo, com a pandemia trazendo uma crise no mundo, o tema voltou a ser alvo de debates.
Chamou atenção que na última semana uma startup chamada Key Retroactivity Network Consensus, ou KRNC, recebeu U$ 225 mil (R$ 1,1 milhão) de investimento. O aporte foi realizado pela Fundação Nacional da Ciência (National Science Foundation ou NSF), mostrando que o tema das criptomoedas nos EUA vai ser fundamentado com estudos.
Segundo informações divulgadas pelo portal de notícias Coindesk, a KRNC pretende criar criptomoedas de uma forma diferente. Sua intensão é dar criptomoedas para os usuários (isso mesmo que você leu), para que as pessoas não se exponham à tecnologia arriscando perder dinheiro.
Independente, mas ligada ao governo dos EUA, NSF patrocina desenvolvimento da KRNC
A National Science Foundation é uma governamental dos EUA que promove a pesquisa e educação em campos como ciência e engenharia. Apesar de ser uma entidade independente, ainda é uma agência governamental dos Estados Unidos.
Dessa forma, a NSF realizou o investimento para que a Krnc estude como seria viável uma migração dos EUA para as criptomoedas e seus impactos na economia. No princípio, a National Science Foundation não consegue impor que os EUA migrem do dinheiro tradicional para o digital.
Mesmo assim, as pesquisas podem ajudar a clarear os impactos de uma possível migração no futuro. Além disso, é do interessa da agência dos EUA captar conceitos e conhecer mais sobre a segurança das transações com criptomoedas.
A proposta da Krnc é totalmente contra o uso do Bitcoin, e seu fundador, Clint Ehrlich, chama a maior moeda digital do mundo de desperdício. Dessa forma fica claro que há intenções de criar uma moeda mais próxima ao dólar, e a recompensa pela ideia alinhada ao governo foi percebida com o recente aporte de R$ 1,1 milhão dados pelo governo dos EUA a causa.
Em resumo, o futuro dos EUA promete uma maior digitalização das transações. Após o Facebook ter tentado criar sua própria criptomoeda, a Libra, o assunto ganhou ainda mais atenção pelos legisladores. Muitos acreditam que deixar uma empresa emitir a própria moeda é prejudicial ao banco central, ou seja, tira poder do governo sobre a emissão de moedas.