O Departamento de Justiça dos EUA anunciou que o FBI prendeu Anatoly Legkodymov nesta terça-feira (18) em Miami. Segundo a agência, o russo era fundador da Bitzlato, uma corretora de criptomoedas registrada em Hong Kong.
As alegações apontam que a Bitzlato possuíam uma forte ligação com o mercado negro Hydra, fechado por autoridades alemãs em abril do ano passado.
“A Hydra e a Bitzlato formaram um eixo de alta tecnologia de crime com criptomoedas”, anunciou Lisa Monaco, procuradora-geral adjunta dos EUA.
“Os compradores da Hydra financiaram compras ilícitas — de drogas ilegais, informações financeiras roubadas e serviços de hackers — de contas cripto hospedadas na Bitzlato, e os vendedores desses bens e serviços ilegais na Hydra enviaram os lucros para contas na Bitzlato”
“Tudo no valor de mais de US$ 700 milhões em transferências diretas e indiretas entre 2018 e 2022.”
Por ser uma corretora insignificante para o mercado, as criptomoedas não tiveram alterações. Bitcoin, por exemplo, segue em tendência de alta, ainda próximo da região US$ 21.000.
EUA manda mensagem clara para corretoras
Embora o fechamento da Bitzlato não tenha impactado o mercado, o Departamento de Justiça americana fez questão de usar o anúncio para enviar uma mensagem para outros players.
“Para todos aqueles que exploram o ecossistema de criptomoedas para permitir o crime com criptomoedas, temos uma mensagem clara: não iremos apenas visar hackers, fraudadores e criminosos que mascaram seus lucros em criptomoedas”, declarou Lisa Monaco. “Também estamos usando toda a força do Departamento de Justiça contra os atores ilícitos e entidades que apoiam os cibercriminosos — como Legkodymov e Bitzlato.”
“Operar no exterior ou mover seus servidores para fora dos EUA não o protegerá.”
Portanto, é possível que os EUA já estejam investigando outros casos semelhantes. De qualquer forma, isso não parece ter ligação com o público mainstream e não deve afetar o preço das criptomoedas.
Site da Bitzlato fora do ar
Quanto a Bitzlato, seu site já se encontra fora do ar. Segundo o DoJ, a ação contou com parceiros internacionais, que ajudaram a derrubar e apreender os servidores da corretora.
Embora tenha mencionado a apreensão de criptomoedas da Bitzlato, a agência americana não revelou os montantes. Outro ponto omitido é o que a agência fará com saldos de clientes da corretora que não tinham ligação com atividades ilegais.
Por fim, esta é mais uma mostra que os EUA estão focados na indústria de criptomoedas e que barreiras geográficas não são nenhum problema para eles.