Ex-conselheiro do Ethereum acusa Vitalik Buterin de golpe “1000 vezes maior que da FTX”

“Ethereum é o elefante fraudulento na sala à vista de todos, golpe 1000 vezes maior que o de SBF”, disse Nerayoff.

Steven Nerayoff, um nome antigo no universo do Ethereum, está gerando tumulto nas redes sociais ao anunciar sua intenção de expor supostos esquemas de fraude envolvendo os cofundadores da segunda maior criptomoeda do mercado, Vitalik Buterin e Joseph Lubin.

As acusações, que têm gerado debates intensos na comunidade de criptomoedas, estão programadas para serem detalhadas nas próximas semanas.

Nerayoff, que atuou como conselheiro do Ethereum, declarou que sua equipe jurídica está assegurando que as informações sobre as acusações de fraude sejam divulgadas apropriadamente.

Ele também mencionou ter desenvolvido uma plataforma que permitiria a divulgação das evidências de forma não censurável. “Minha intenção é tornar público tudo o que posso”, disse Nerayoff no X (Twitter).

Criadores do Ethereum são acusados de fraude

As acusações surgiram primeiramente em uma postagem no X, após a condenação de Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, por fraude e conspiração. Nerayoff acusou os fundadores do Ethereum de estarem diretamente envolvidos com funcionários corruptos do governo dos Estados Unidos.

“Acredito que esses funcionários governamentais corruptos serão desmascarados”, afirmou.

Nerayoff prosseguiu com suas acusações, comparando as atividades supostamente fraudulentas de Buterin e Lubin com as de Sam Bankman-Fried. Ele descreveu o caso Ethereum como um “elefante fraudulento na sala”, insinuando que as fraudes dos cofundadores do Ethereum seriam mais graves do que as de Bankman-Fried.

“Ethereum é o elefante fraudulento na sala à vista de todos, golpe 1000 vezes maior que o de SBF”, disse Nerayoff.

Ele citou conexões entre altos funcionários do governo dos EUA e os executivos do Ethereum, implicando em possíveis casos de suborno para vantagens no mercado de criptomoedas.

Segundo ele, os criadores do Ethereum teriam oferecido dinheiro à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, para ignorar a oferta inicial de moedas (ICO) da rede, potencialmente violando leis de títulos.

Contagem regressiva para o caos?

A comunidade de criptomoedas, embora curiosa sobre as tais evidências prometidas por Nerayoff, parece cética sobre o caso. Alguns questionam as motivações do ex-conselheiro da moeda digital, ponderando se suas ações são motivadas por vingança ou um desejo de ganhar notoriedade.

Em resposta a esses questionamentos, Michael Scotto, advogado de Nerayoff, assegurou a existência de um caso e prometeu a divulgação de evidências em breve.

Nerayoff respondeu às dúvidas afirmando que os procedimentos judiciais estão nas mãos de sua equipe jurídica e não seriam publicados no X por razões legais. “Para aqueles que dizem que ainda não viram nada, ou vocês estão trollando ou são cegos”, disse ele.

Além disso, em uma postagem gigante no X, que alguns provavelmente esperarão virar filme, Nerayoff detalhou suas razões para as acusações contra Buterin e Lubin.

Ele enfatizou que suas alegações não são para benefício próprio, mas sim para alertar e proteger os investidores. “Isso só me torna um alvo e odiado por muitas pessoas”, explicou.

No entanto, a credibilidade de Nerayoff é questionada devido a sua reputação de, por vezes, distorcer a verdade. Ele já se autointitulou como um dos co-criadores do Ethereum, uma afirmação que foi refutada por outros desenvolvedores da blockchain.

Em meio a essas alegações, investidores aguardam com expectativa as provas prometidas por Nerayoff. As acusações, se comprovadas, podem ter implicações significativas para o Ethereum e seus fundadores, além de influenciar a percepção pública sobre a integridade da plataforma.

Enquanto isso, um vídeo que surgiu nas redes sociais revelou uma informação preocupante sobre Vitalik Buterin. No vídeo, o fundador do Ethereum admitiu ter vendido cerca de 70.000 ethers durante o pico de preço da criptomoeda.

A revelação veio à tona por meio de um vídeo postado no Twitter, onde Buterin discutia a volatilidade dos preços do Ethereum e do Bitcoin.

No podcast com Eric Ross Weinstein, diretor de um fundo de hedge americano, Buterin expressou suas dúvidas sobre o alinhamento do valor de mercado das criptomoedas com suas realizações reais.

Durante a corrida de touros de 2017, quando o preço do Ethereum atingiu US$ 1.600 e o do Bitcoin chegou a US$ 20.000, Buterin questionou se o mercado de criptomoedas, avaliado em meio trilhão de dólares na época, realmente merecia essa avaliação. “O mercado atingiu meio trilhão de dólares, merece isso?” indagou Buterin.

A conversa revelou que Buterin persuadiu a Fundação Ethereum a vender uma grande quantidade de ethers no auge do mercado, uma decisão que teve um impacto significativo posteriormente.

“Consegui que a Fundação Ethereum vendesse 70.000 ETH basicamente no topo, e isso dobrou nosso caminho agora, então foi uma boa decisão que teve muito impacto”, explicou Buterin.

A revelação gerou preocupações nos investidores, especialmente à luz de transações recentes feitas por Buterin. Ele foi visto transferindo 100 ETH, no valor aproximado de US$ 181.000, para a Coinbase, uma das maiores corretoras dos EUA.

Em agosto, uma transferência de 600 ETH, equivalente a US$ 1 milhão, também foi realizada por Buterin para a mesma exchange.

Apesar dessas transações, Buterin disse em outubro que não vendeu nenhum Ethereum para ganho pessoal desde 2018 e que a maioria das transações eram, na verdade, doações de caridade.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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