Os donos de uma antiga corretora de criptomoedas brasileira que faliu estão sendo acusados de venda de medicamentos falsos em sites suspeitos pela internet. As informações são do Aos Fatos.
Em 2020, essa corretora de bitcoin chamada CriptoHub ficou indisponível por vários dias e preocupou clientes, muitos dos quais eram investidores iniciais do negócio via um ICO (Oferta Inicial de Moedas). Após algum tempo, os donos da empresa enviaram um comunicado que o negócio havia chegado ao fim.
Pelo Reclame Aqui, vários relatos indicam que clientes não conseguiram nem sacar suas criptomoedas e não receberam retorno da empresa, que acabou sumindo.
As acusações novas contra os ex-donos dessa empresa são de que eles estão atuando na venda de falsos produtos de emagrecimento.
Donos de ex-corretora de criptomoedas brasileira agora vendem medicamentos falsos para emagrecimento
Após o colapso da corretora de criptomoedas Criptohub e o sumiço dos seus líderes, eles agora estão sendo associados a uma possível fraude com a venda de produtos para emagrecimento, principalmente de lipozepina, produto não regulamentado pela Anvisa no Brasil e que alega ser um emagrecedor natural.
Estão envolvidas na apuração de um site pelo menos 10 empresas, dos estados de São Paulo e Santa Catarina, que tem em comum alguns ex-sócios e executivos da Criptohub. Essas empresas criavam sites falsos para convencer pessoas a comprar os medicamentos milagrosos, usando até falsos depoimentos de famosos em suas páginas.
Para deixar o medicamento falso ainda mais conhecido, os donos das empresas divulgavam estes em páginas de redes sociais, em busca de encontrar compradores.
O Aos Fatos elaborou até um rastreamento dos antigos donos da Criptohub e seus novos empreendimentos ligados a possível venda de medicamentos falsos.
A reportagem do Livecoins não encontrou os acusados de possivelmente estarem vendendo remédios falsos para comentar sobre a apuração feita pelo site “Aos Fatos”, e o espaço segue em aberto para manifestações pelo e-mail “contato@livecoins.com.br“.
O que diz o artigo 273 do Código Penal?
A Lei N.º 9.677, de 2 de julho de 1998 alterou o Código Penal para incluir uma nova previsão de crimes para quem altera medicamentos no Brasil.
Assim, no Código Penal, em seu artigo 273, está prevista a pena de reclusão em até 15 anos para quem falsificar produtos medicinais.
“Art. 273. Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais:(NR) Pena – reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa.(NR)”.