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Preso por insider trading, ex-gerente da Coinbase pede redução da pena

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Ishan Wahi, ex-gerente de produto da Coinbase, já havia se declarado culpado das acusações de insider trading ainda em fevereiro. No entanto, sua defesa agora está pedindo uma redução da pena.

Resumindo o caso, Ishan vazava informações privilegiadas sobre listagens de criptomoedas na corretora que trabalhava. A partir dali, Nikhil Wahi (seu irmão) e um terceiro envolvido, Sameer Ramani, compravam tais moedas e obtinham grandes lucros em um curto espaço de tempo.

Este é o primeiro caso de insider trading de criptomoedas julgado nos EUA. Portanto, seu desfecho está sendo acompanhado de perto.

Executivo tenta redução da pena

Enquanto Nikhil Wahi foi condenado a 10 meses de prisão, Ishan Wahi está prestes a receber uma pena bem maior, de 36 a 47 meses de reclusão. O motivo desta diferença pode estar associado ao seu cargo na corretora Coinbase.

No entanto, um documento publicado na terça-feira (25) aponta que o executivo está buscando uma redução. Ou seja, Ishan Wahi busca uma pena máxima de 10 meses, igual a de seu irmão.

“Ishan se confessou culpado de duas acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica e aceitou total responsabilidade por suas ações”, apontou a defesa. “Pelas razões expostas abaixo, Ishan solicita respeitosamente que o Tribunal imponha uma sentença fora das diretrizes que esteja de acordo com réus em situação semelhante neste Distrito.”

Nas páginas seguintes é contada a história de vida de Ishan Wahi, retratando-o como uma pessoa honesta, cumpridora da lei e admirável.

No total, estima-se que o trio tenha lucrado mais de US$ 1,5 milhão (R$ 7,5 milhões) com o esquema. As investigações iniciais foram lideradas pela própria comunidade de criptomoedas. Mais tarde, a Coinbase também ajudou as autoridades no caso.

Entendendo as consequências do esquema

O caso dos irmão Wahi não é único. No mês passado, o próprio CEO da Binance afirmou que sua corretora bloqueou R$ 10 milhões de um usuário suspeito de fazer o mesmo. “Eles nunca pediram reembolso”, comentou Changpeng Zhao.

No entanto, vale notar que tais criminosos podem usar até mesmo corretoras descentralizadas para comprar ativos com grande potencial de alta. Ou seja, não há muito a ser feito caso informações estejam sendo vazadas.

Por fim, a prática é prejudicial para toda a indústria. Afinal, além de minar a reputação do setor, também enriquece pessoas injustamente. No ano passado, o ex-diretor da OpenSea, maior mercado de NFT, também foi outro gigante a ser processado por insider trading.

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Autor:
Henrique HK