Tigran Gambaryan, head de compliance na Binance, passou mal em um tribunal da Nigéria nesta quinta-feira (23) e, por ordem de um juiz, foi enviado a um hospital para receber tratamentos. O executivo está sendo acusado de diversos crimes, incluindo lavagem de dinheiro.
No entanto, Gambaryan havia viajado à Nigéria apenas para conversar com autoridades sobre a situação da corretora no país. Sendo assim, tanto a prisão quanto o julgamento pegaram todos de surpresa.
Outro executivo da Binance, Nadeem Anjarwalla, também foi preso nesta ocasião, mas conseguiu fugir do país. Desde então, autoridades nigerianas estão tentando extraditá-lo de volta para a Nigéria com a ajuda da Interpol.
Executivo da Binance passa mal e vai para o hospital
Segundo a linha do tempo dos acontecimentos, Tigran Gambaryan foi detido em uma casa comum, então transferido para uma cela subterrânea assim que seu colega, Nadeem Anjarwalla, fugiu do país. Agora, fontes da Reuters apontam que o executivo está em um hospital.
Durante julgamento nesta terça-feira (23), Gambaryan teria desmaiado. Sua esposa, Yuki Gambaryan, colocou a culpa nas condições da prisão onde o executivo está sendo mantido.
“As condições na notória prisão de Kuje são, numa palavra, devastadoras.”
Segundo relatos, cada cela da prisão é dividida entre quatro pessoas, possuindo camas semelhantes às usadas em acampamentos, algumas delas sem nem mesmo lençóis. No entanto, as autoridades afirmaram que fizeram alguns favores para Gambaryan, fornecendo lençóis limpos e o direito de usar um banheiro individual.
Já o advogado do executivo notou que ele está “muito doente e requer atenção médica completa”, também notando que ele “teve um colapso ontem e o centro médico administrou-lhe tratamento intravenoso para a malária”.
De qualquer forma, Gambaryan precisará voltar ao tribunal em breve. Seu julgamento foi remarcado para os dias 20 e 21 de junho, indicando que o executivo passará, no mínimo, mais um mês detido. As acusações são de lavagem de dinheiro, no total de US$ 35 milhões, e de operar atividades financeiras sem licença.
No entanto, o caso está sendo mal-visto pelo mundo. Afinal, Gambaryan é apenas um funcionário da corretora e, como a própria Binance já declarou, o executivo não possui nenhum poder de decisão na empresa.
Antes de se juntar a Binance, Gambaryan trabalhou por 10 anos para o governo americano como agente especial da Receita Federal dos EUA. No seu currículo está, por exemplo, a resolução do roubo de 70.000 bitcoins (R$ 24,4 bilhões, na cotação atual) por agentes do DEA.