Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos bitcoins”, teve mais um pedido de prisão decretado pela Justiça do Rio de Janeiro. Isso porque, uma juíza de Niterói ao analisar um depoimento de uma vítima decretou sua detenção.
Já preso por outros crimes, Glaidson segue em um presídio do Rio. Ele já respondia pelos crimes de assassinato e tentativa de assassinato, além de organização criminosa.
Agora ele passa a responder também pelo crime de estelionato, visto que criou um esquema para lesar clientes com falsas promessas de rendimentos rápidos e fáceis. De acordo com a decisão judicial, segundo informações reveladas pelo Extra, Glaidson pode acarretar ameaça a ordem pública.
Apoio popular do Faraó diminuiu desde sua prisão em agosto de 2021
Desde agosto de 2021, após a Polícia Federal deflagrar a Operação Kryptos, Glaidson foi preso na capital do Rio de Janeiro, em seu imóvel de luxo. Com ele, dinheiro em espécie e bitcoins foram apreendidos pelos agentes, embora sua esposa tenha fugido com parte do valor arrecadado pela empresa.
Ao ver a prisão do Faraó dos Bitcoins, muitos apoiadores da empresa promoveram manifestações em Cabo Frio, sede da Gas Consultoria. Carreatas, faixas e gritos de ordem foram proferidos por muitas pessoas que confiaram todo seu patrimônio na empresa pouco transparente com suas operações com criptomoedas.
Mesmo com a pressão popular, o Faraó dos Bitcoins seguiu preso até agora, completando quase 1 ano desde sua prisão.
Na última sexta-feira (27), o Faraó dos Bitcoins esteve em um Fórum de São Pedro da Aldeia, onde responde pelo crime de assassinato de Wesley Pessano, jovem morto a tiros enquanto trafegava em seu veículo de luxo e concorrente de Glaidson.
No local, segundo o RLagos, ele recebeu o apoio de poucos investidores que pediam sua volta aos gritos, mostrando que o número de apoiadores dele diminuiu consideravelmente desde que o caso foi exposto.
O que diz a defesa do “Faraó dos Bitcoins”?
Ao comentar a situação, a defesa da GAS Consultoria, empresa do “Faraó dos Bitcoins”, divulgou uma nota em que afirma ter sido surpreendida pela decisão da justiça do Rio de Janeiro.
“Na manhã desta terça-feira (31), a defesa de Glaidson Acácio foi surpreendida por mais um absurdo decreto de prisão, sem que a defesa tenha tido sequer acesso ao processo. A decisão não se sustenta pelos seus próprios fundamentos uma vez que os pagamentos somente foram interrompidos em razão da paralisação das atividades da empresa ser determinado pela Justiça Federal.”